A pandemia da Covid-19 trouxe muitos impactos à saúde e também na economia. O desemprego foi um dos grandes vilões nesse período, pois com o isolamento social, muitos negócios fecharam as portas, trabalhadores informais ficaram sem alternativas para continuar as vendas e as famílias sofreram as consequências.
Após um ano de pandemia, finalmente veio a vacina, que trouxe esperança para a população e vem incentivando trabalhadores informais, a voltarem às atividades, principalmente nesse mês de julho. "É um tempo muito complicado, mas graças a Deus, as coisas estão voltando ao normal. A vacina tá aí, avançando e as pessoas estão podendo sair agora, então isso melhora a nossa renda", contou a vendedora Carina Santos.
O retorno representa um recomeço para muitas famílias como a de Carina, que trabalha com seu pai, Ronaldo Santos, em uma barraca de água de coco, na Praia do Chapéu Virado, em Mosqueiro. "A gente depende dessa venda, pois é o nosso ganha pão. Então, as coisas voltarem ao que era antes é muito bom. A gente fica feliz", declarou a filha de Ronaldo.
Belém conta com cerca de 8 mil permissionários cadastrados na Secretaria Municipal de Economia (Secon), que atuam regularmente nas feiras, mercados e nas vias públicas. Claro que muitos deles veem o mês de julho, época das férias escolares, como oportunidade para trabalhar nos distritos e nas ilhas de Belém, como Mosqueiro, Outeiro, Icoaraci e Cotijuba na tentativa de faturar e aumentar a renda.
“A Secon e as agências distritais contribuem ativamente com as ações do 'Verão da Gente', no ordenamento do comércio informal. A prefeitura municipal de Belém vem possibilitando a todas e todos trabalharem de forma organizada, seguindo os protocolos de segurança sanitária e garantindo oportunidade de trabalho para várias famílias atingidas pela pandemia”, destacou o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro.
O ambulante Antônio da Silva, por exemplo, percorre as praias de Mosqueiro vendendo produtos para proteger a pele. Para ele, esse período das férias de julho está sendo favorável para as vendas. "Para mim está sendo ótimo, porque a gente está voltando novamente a trabalhar e isso representa uma recuperação da economia", disse.
Diante do cenário econômico em que o país se encontra, o trabalho informal tem crescido de forma significativa como alternativa de renda às famílias brasileiras. Na capital capital paraense isso não seria diferente. Segundo o titular da Secon, o número de 8 mil permissionários cadastrados pelo órgão atuando nos logradouros de toda Belém "chega a triplicar, se contarmos com os ajudantes desses informais, que normalmente envolve toda a família nesse trabalho”.
Texto: Lana Oliveira