Educação ambiental ajudará Mosqueiro na coleta de lixo

Mosqueiro recolhe quase doze toneladas de lixo diariamente. O material não é separado. São resíduos sólidos compostos por entulhos, sobras de podas de árvores, de material de construção civil, orgânicos e lixo caseiro. O volume é muito alto e a tendência é de crescimento devido à expansão de moradias que estão se concentrando nas áreas de acesso à ilha pela PA-391.

Para conter o problema, a agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla, está organizando uma campanha de educação ambiental para manter o balneário limpo. Em reunião com o supervisor da empresa terceirizada da coleta de lixo, Leo Cunha; e com o engenheiro Alexandre Mesquita, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a agente pediu urgência no controle, fiscalização e intensificação dos serviços.

A coleta de lixo em Mosqueiro é realizada diariamente. Os bairros são separados em dias pares e ímpares, sendo que nas áreas de praças e mercados, a limpeza é diária. Mesmo assim, segundo Leo Cunha, o serviço público não consegue dar solução à sujeira, que na maioria dos casos, é deixada pelos moradores e visitantes.

De acordo com Leo Cunha, a população nativa colabora positivamente porque acompanha o calendário da coleta, mas nas áreas de moradias da população flutuante (a que frequenta a ilha somente nos finais de semana e feriados), o problema é maior. “As pessoas vêm e deixam o lixo no meio da rua ou então, os caseiros jogam o lixo nas avenidas principais ao invés de esperar a coleta”, relatou o supervisor.

Os pontos críticos estão nas áreas nobres da ilha como a Rua Camilo Salgado, Avenida das Mangueiras e a orla, onde existe maior fluxo de público banhista, turistas e visitantes, além de concentrar as barracas que comercializam alimentos e bebidas. “Mosqueiro tem uma área territorial superior a de Belém, por isso, se torna difícil manter uma coleta de lixo eficaz se os moradores e visitantes não colaborarem”, destaca Cunha, que trabalha no segmento de limpeza urbana há muitos anos. “O problema do lixo não se restringe a Mosqueiro; é um caso que envolve as grandes cidades brasileiras”, ressalta.

Campanha – Para a agente distrital Vanessa Egla, parte da solução do problema está na educação ambiental. A ideia é lançar uma grande uma campanha pública em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiental (Semma), visando sensibilizar as pessoas sobre a importância da limpeza e a coleta seletiva de lixo. As ações começaram a ser planejadas em reunião com o engenheiro Alexandre Mesquita, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). A secretaria irá conduzir os eventos de treinamento, poda e atendimento às demandas públicas. A campanha ocorrerá juntamente com o calendário sistemático de coleta de lixo.

Por enquanto, a Agência Distrital, por meio da Divisão de Operações, faz o serviço de limpeza da ilha com reforço de três caçambas, tratores e apenas trinta homens. “Precisamos aumentar nosso efetivo de trabalhdores da limpeza, mas, por enquanto, estamos trabalhando com que temos”, explica a agente distrital.

O problema de lixo em Mosqueiro é tema recorrente na imprensa e nas redes sociais da ilha. Em pesquisa realizada pela Rádio Web Bucólica Ilhas Net, os internautas se manifestaram positivamente de que a população precisa colaborar com a limpeza da bucólica. “Estamos na época de chuvas e de limitações provocadas pela pandemia, portanto, manter o ambiente limpo ajuda no controle de vetores de doenças graves. A população precisa colaborar com o serviço público”, alerta a agente. A campanha educativa deve começar na primeira quinzena de fevereiro.

Texto: Selma Amaral

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