A Secretaria Municipal de Educação (Semec), por meio do Centro de Formação de Educadores (CFE) “Paulo Freire”, promoveu nos dias 8 e 9 de abril o Encontro Formativo de Educadores do Ensino Fundamental. A atividade buscou dialogar sobre saberes e práticas educativas para o ensino remoto, socializando experiências. O encontro ocorreu por meio do canal do YouTube do CFE.
A coordenadora do ensino fundamental, professora Francisca Guiomar Cruz da Silva, deu as boas-vindas aos educadores, reforçando orientações sobre o calendário letivo, o plano de retorno e o relatório de acompanhamento de ensino-aprendizagem que deverá ser elaborado no mês de abril pelos professores.
O coordenador do CFE “Paulo Freire”, professor Walter Braga, explicou as formações e exibiu de um vídeo de apresentação do Centro e dos professores que assessoram as escolas por distrito.
Reconhecer a força – “Fizemos várias diagnoses da trajetória do professor em 2020. E estamos trabalhando na perspectiva de valorizar o grande trabalho desses educadores. É impressionante o quanto cada um de nós tem produzido nas escolas. Temos que reconhecer a força, o valor, a capacidade, a criatividade e a inteligência desses educadores”, disse Guiomar Cruz.
No dia 8, a formação foi destinada aos professores do ciclo I do ensino fundamental, que corresponde do 1º ao 3 º ano. Durante a formação, a professora Izabel dos Santos refletiu sobre o tema “Como amazonizar nossas práticas pedagógicas?”. Para ela, é preciso fazer um levantamento da realidade de cada escola e selecionar temas que podem ser trabalhados a partir de um planejamento por áreas de conhecimento. Ela sugeriu ideias do passo a passo das aulas virtuais e de atividades, assim como aplicativos que podem auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
No dia 9, a formação foi destinada aos professores do ciclo II do Ensino Fundamental, correspondendo ao 4º ao 5º ano. O professor Gelde Castro, do Núcleo de Informática Educativa (Nied) falou sobre as atividades desenvolvidas no espaço ao longo dos anos, como por exemplo o projeto “Alfamat”.
A professora Luísa Silva apresentou o site Canva aos participantes como ferramenta tecnológica gratuita, que oferece diversas possibilidades de produzir atividades educativas por vídeos e outras opções.
Experiências – Um dos relatos ouvidos foi o da professora Suene Mafra, da Escola Municipal Paulo Almeida Brasil, localizada no bairro do Souza, que atende 148 alunos. Ela compartilhou a experiência do ensino remoto, com possibilidades e desafios que viveu em 2020. “Tivemos que aprender novas ferramentas. Hoje, depois de um ano da pandemia, posso dizer que estamos começando a andar. Desde o início da pandemia buscamos fazer sempre o melhor. Ficamos longe. Mas não paramos”, disse Suene, ressaltando que utilizou o administrador de reuniões Zoom para orientar a equipe de trabalho e produziu vídeos para as famílias com orientações sobre a forma adequada para estudar com as crianças em casa.
“Optei por fazer uma linha de transmissão no aplicativo de mensagem Whatsapp para encaminhar as atividades. E os pais mandavam vídeos mostrando os alunos fazendo as atividades. Assim pude avaliar o aprendizado”, contou a professora. “Nós não precisamos de muitos recursos tecnológicos para gravar um vídeo de atividades. Percebi que com um vídeo simples poderia chegar ao meu objetivo”.
As professoras Sílvia Barbosa e Joice Góes compartilharam experiências na Escola Municipal Antônio Carvalho Brasil, no bairro do Jurunas. Elas apresentaram o projeto “Pequenos escritores, grandes leitores”, que acompanha a evolução da escrita e da leitura dos alunos. E Ana Paula Silva, coordenadora da Escola Municipal Theodor Badot, localizada no Tenoné, que relatou a construção do planejamento pedagógico da escola.
A formação está disponível no canal do YouTube do Centro de Formação de Educadores (CFE) “Paulo Freire”.
Texto: Tábita Oliveira
