Encontro discute programas de DST/Aids na região Norte

Representantes dos estados da região Norte e de diversos municípios do Pará estão em Belém para participar do 13º Encontro Macrorregional de Coordenadores de Programas de DST/Aids e Hepatites Virais da Região Norte (Macronorte), que acontece até hoje, 06. O evento é realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio da Coordenação Municipal de DST/Aids,

A Macronorte é um evento anual que visa discutir as realidades e problemas da prevenção, diagnóstico, assistência e a parceria com a sociedade civil. “Nosso objetivo é discutir o novo protocolo clínico de assistência e tratamento à DST/Aids e hepatites virais. É um evento proposto pelo Ministério da Saúde para definir indicadores mais precisos para que possamos fazer um enfrentamento direcionado à essas patologias na região Norte, como as novas tecnologias de testagem e a discussão da melhoria do sistema de notificação”, explica Beto Paes, coordenador municipal de DST/Aids e hepatites virais da Sesma.

As dimensões geográficas e as diferenças culturais peculiares à região Norte são alguns entraves levantados pelos participantes do evento para uma política mais efetiva de prevenção e tratamento dessas doenças. Para José Tadeu Barros, que participou de todas as edições da Macronorte, este encontro é fundamental para levantar as dificuldades locais. “Também é um momento de falarmos sobre a distribuição dos recursos tanto por estados como por municípios”, diz.

AVANÇOS – Atualmente, 5.274 pessoas estão em tratamento em Belém, mas muitas são oriundas de outros municípios. De acordo com Beto, a referência municipal tem este grande volume de atendimento porque muitas pessoas conseguem endereços na capital e se mudam para cá para fazer o tratamento. A maioria vem da Ilha do Marajó e Sul do Pará. “Em Belém estamos engajados com a política nacional para diminuir fatores que influenciam nessas epidemias. A Macronorte chega a Belém no momento em que precisamos somar esforços para combater essas problemáticas, que vêm crescendo, sobretudo, na população jovem entre 17 e 23 anos” ressalta.

A Sesma tem investido na Atenção Básica para o enfrentamento da DST/Aids e hepatites virais, a partir de um modelo baseado em redes. “Em Belém estamos implementando a descentralização da testagem do vírus HIV para todas as unidades municipais de saúde, estamos realizando um estudo sobre o tratamento de pessoas assintomáticas e com carga viral detectável para algumas unidades básicas. Também estamos trabalhando no suprimento de preservativos para distribuição nas unidades de saúde e nas Estratégias da Família para que nossos agentes comunitários possam ser potenciais parceiros nesse enfrentamento a partir da prevenção. Afinal é muito melhor prevenir do que remediar”, conclui Paes.

Texto: Gisele Nogami

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