Escola realiza projeto que incentiva pequenos astronautas e cientistas

Na EMEI Laís Fontoura Aderne, a ciência ganha asas e o sonho de explorar o espaço começa cedo.
Professora Floracy Lobato, ministrando aula interativa onde transforma o sistema solar em uma experiência lúdica, através da sombrinha com os planetas.
Professora Floracy Lobato, ministrando aula interativa onde transforma o sistema solar em uma experiência lúdica, através da sombrinha com os planetas.

Na Escola Municipal de Ensino Infantil Laís Fontoura Aderne, em Icoaraci, um grupo de pequenos exploradores embarcou em uma missão especial: descobrir que o espaço – e a ciência – também são para eles. Inspiradas pela trajetória de grandes cientistas, como Nicole Aunapu Mann, a primeira indígena a ir ao espaço, as crianças mergulharam no universo da astronomia e da experimentação científica através do projeto “Mulheres e Meninas na Ciência”.  

Com capacetes de astronauta, miniaturas e maquetes de planetas em mãos e muita curiosidade no olhar, elas viajaram além dos livros, provando que a ciência pode e deve ser divertida. “O nosso projeto surgiu da necessidade de mostrar para as meninas que a ciência também é um lugar para elas. E logo percebemos que o espaço sideral era um tema que despertava grande interesse”, explica a professora Floracy Lobato, responsável pela iniciativa.  

A proposta “Mulheres e Meninas na Ciência” leva para a sala de aula um universo de descobertas. Entre jogos da memória, quebra-cabeças e até mochilas de astronauta que alguns alunos pediram para os pais, o projeto cresceu e ultrapassou a simples transmissão de conhecimento. Ele se tornou uma porta aberta para que as crianças enxerguem a ciência como algo próximo, acessível e fascinante.  

Ciência para todos, desde cedo  

O projeto não só inspira meninas a ocuparem o espaço que sempre foi delas na ciência, mas também mostra que a curiosidade não tem gênero e exclusão. “Tivemos um aluno autista que se identificou tanto com o tema que hoje sabe tudo sobre o espaço e compartilha isso com os colegas. Foi muito gratificante ver esse envolvimento”, conta a professora.  

A metodologia adotada também teve um toque especial: a ludicidade. A música, os experimentos e o aprendizado prático ajudaram as crianças a absorver conceitos complexos de forma natural e divertida. “Eles já trazem muitas informações de casa, das vivências diárias. Nosso papel é incentivá-los a demonstrar esse conhecimento e a explorá-lo ainda mais”, reforça Floracy.  

Enquanto as estrelas brilham no céu, um brilho ainda mais especial ilumina os olhos desses pequenos cientistas que já entenderam uma grande verdade: o espaço e o futuro pertence a quem sonha e se atreve a explorá-lo.

Primeira mulher indígena a ir ao espaço

Nicole Victoria Aunapu Umann é membro da nação Wailacki, dos povos indígenas Round Valley, nos Estados Unidos. Ela é uma astronauta da Nasa da turma de 2013 e tenente-coronel do corpo de fuzileiros navais americanos.

Nicole inovou na tecnologia e foi a primeira mulher indígena a ir ao espaço, sendo comandante da missão Spacex Crew 5 da Nasa, lançada em 2022 para a Estação Espacial Internacional (International Space Station – ISS). Além disso, liderou o desenvolvimento de tecnologias críticas da Nasa, como a nave espacial Orion, e conduziu duas caminhadas espaciais para atualizar os painéis solares da ISS.

  • Texto: Mayara Coqueiro

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