Apesar de entrarem na passarela do samba já no meio da madrugada, as escolas que encerraram o desfile do segundo grupo do Carnaval de Belém, no início deste sábado, 07, demonstraram ainda muito ânimo e vigor para lutar pelo acesso ao grupo especial.
Passava das duas horas da manhã quando o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Unida do Bengui entrou na Aldeia Amazônica Davi Miguel. O presidente da agremiação, Sérgio Meireles, convocou os brincantes e foliões a darem o máximo de si na avenida: “Nós nos preparamos durante o ano inteiro para fazer bonito e levar esse título para o Bengui, então, vamos com tudo”, disse, no início do desfile.
Com o enredo “Soltando pipas, rodando pião, com cataventos, roqueroques na mão e ser criança outra vez – viva o artesão”, a escola mostrou a importância desse profissional – o artesão – para a confecção de brinquedos que, desde os tempos mais remotos, até hoje, fazem muito sucesso com a criançada, como pipas e piões.
A penúltima escola a desfilar foi o Grêmio Recreativo Escola de Samba “Habitat do Boto”, que entrou na passarela ao som de muito carimbó, pois fazia uma homenagem ao mestre Lucindo e à cidade de Marapanim, no nordeste do Estado. Intitulado “Marapanim: raízes de mestre Lucindo à cidade berço do carimbó”, o enredo fez muita gente dançar o ritmo típico do Pará. “Eu estou adorando tudo, se pudesse, desfilaria em todas as escolas, porque todas estão lindas”, ressaltou a aposentada Maria Cruz, de 69 anos, que acompanhava atentamente a todas as apresentações.
O encerramento da primeira noite de desfiles do Carnaval de Belém ficou por conta da Escola de Samba “Embaixadores Azulinos”, que prestou uma bela homenagem ao repórter de rádio paraense Paulo Caxiado, que cobre as notícias do Clube do Remo há muitos anos. Com o enrendo “A voz que estremece a planície e enaltece o Leão – Paulo Caxiado”, a escola mostrou a trajetória desse profissional, um dos mais conhecidos radialistas esportivos do Estado. Desde 1994, pela Rádio Clube do Pará, Caxiado cobre as atividades do time azulino, no Baenão.
Para o dramaturgo e ator Fernando Rassy, um dos jurados do Carnaval de Belém, as escolas do segundo grupo apresentaram muita criativade e conseguiram fazer um bonito Carnaval, utilizando materiais relativamente baratos. “No ano passado, vimos as escolas com materiais mais caros mas que, contudo, não conseguiram apresentar o brilho e os efeitos que vimos neste ano. Isso demonstra que as escolas tiveram criatividade para usar materiais mais baratos e ter um excelente resultado”, avaliou.
Texto: Elck Oliveira
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								