O cuidado pode ser encarado como um excelente adjetivo para definir as mães, cuidado esse que se concretiza em diversos lugares e formas. Toda mãe acaba se tornando especialista no cuidado, mesmo que de maneira involuntária e despercebida. Na Prefeitura de Belém isso não é diferente, revela-se por meio das servidoras mães, que contribuem para uma cidade melhor por meio do trabalho junto à comunidade.
"Eu acho que nós servidoras somos bem guerreiras, pois dividimos o nosso tempo entre o trabalho e o cuidado com os filhos. É uma divisão que eu acho bem difícil, mas é necessário para nossa construção como mulheres”, assim resume a enfermeira Natasha Carvalho o trabalho das mães e servidoras municipais. Natasha é servidora concursada da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) há nove anos e atua na Unidade Básica de Saúde do bairro de Fátima, no atendimento de pré-natal de mulheres e na vacinação de crianças. Ela ainda é mãe de Letícia Carvalho, de 7 anos.
A Enfermeira diz ainda que “ser mãe é minha melhor profissão. Eu acho que é uma benção de Deus em nossas vidas, não existe um amor maior que o amor de uma mãe para com seu filho. Dividir minha atenção com outras mulheres, com outras crianças, é importante para mim até com a criação da minha filha em casa”.
Já Anne Leite, assessora parlamentar do gabinete da PMB, concilia o serviço público com a rotina de mãe do menino Enzo Leite, de 9 anos, e do cuidado de quatro idosos, o pai e mais três tios, que vivem com ela. Embora para muitos essa missão pareça árdua, a servidora entende de outra forma. "Eu acredito que seja um amor de Deus por mim. Não vejo como um fardo, como um peso. Deus é minha força e é nele que busco energia todos os dias para seguir sorrindo nessa linda missão”, ressalta a funcionária pública.
Anne ainda destaca que em tempos de pandemia, de distanciamento social, e com pessoas do grupo de risco em casa, as formas de demonstrar amor mudaram. “Acredito que o amor não está só no contato físico, ele vai muito além disso. Ele está no cuidado, na demonstração diária. Não adianta eu falar eu te amo, se eu não demonstrar isso com atos diários. O amor tem que ser alimentado no dia a dia, na ligação que eu faço para saber se meus idosos já se alimentaram, se está tudo bem, se meu filho está bem”, detalha emocionada.
Outra história de amor e dedicação pelos filhos e pelo trabalho é de Maria Fátima do Rosário, servidora concursada há seis anos na Secretaria Municipal de Educação (Semec), lotada na Escola de Ensino Infantil Nosso Lar, no bairro do Tapanã. Maria é mãe de João Lucas, de um ano de idade, e atua na escola municipal com a turma de jardim de infância com crianças de dois anos.
“Eu já tinha um sentimento de muito afeto pelas minhas crianças. Quando eu virei mãe do João, o sentimento que eu tinha – por meus alunos – multiplicou, o olhar mudou. Antes meu olhar não era de mãe mas sim de pedagoga, hoje eu tenho o olhar profissional e também o de mãe”, comenta. Ela diz ainda que o“interessante é que as crianças da turma que eu cuido neste ano se aproxima da faixa etária do meu filho.Todas as atividades que eu penso para minhas crianças, do maternal, são pensadas também para o João”.
Texto: Fabricio Lopes
