Estudantes com TEA participam de aula de equoterapia

Oito estudantes com Transtorno do Espectro Autistas (TEA) da Escola Municipal de Educação Infantil Santo Agostinho, em Canudos, viveram uma experiência nova: eles tiveram aula de equoterapia, ontem, no Complexo da Cavalaria da Polícia Militar.
Alunos com TEA da Escola Santo Agostinho andaram de cavalo no Programa de Equoterapia da Polícia Militar

Na manhã desta segunda-feira (18), estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) da Escola Municipal de Educação Infantil Santo Agostinho, no bairro de Canudos, viveram uma experiência diferente: eles participaram de uma aula do Programa de Equoterapia do Centro de Reabilitação da Polícia Militar.

O ônibus escolar da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semec) levou oito crianças com TEA, acompanhadas dos pais e de educadores, ao Complexo da Cavalaria da Polícia Militar, no bairro Mangueirão. No desembarque, já conheceram os cavalos Mingau e Caramelo, integrantes do programa. Após contato inicial, os estudantes se aproximavam com confiança e alimentaram e montaram nos animais.

Eu fiquei com o coração quentinho, porque é muito difícil conseguir uma terapia. Ver meu filho montar no cavalo me deixou alegre demais”, disse Ana Carolina Rodrigues, mãe de Andrio Luiz, de 6 anos, estudante do Jardim II.

“Eu fiquei com o coração quentinho, porque é muito difícil conseguir uma terapia”, afirmou Ana Claudia Rodrigues, mãe de Andrio, de 6 anos, estudante do Jardim II da Escola Santo Agostinho.

Atualmente, a Escola Municipal Santo Agostinho possui 26 alunos diagnosticados com TEA e outros 17 em processo de investigação. Para ampliar as oportunidades de desenvolvimento e inclusão, a professora Sandra Rodrigues, da Sala de Recursos Multifuncionais, organizou a visita e acompanhou as crianças. Segundo ela, a vivência traz “grandes benefícios para o desenvolvimento emocional e social de crianças atípicas”.

As criançastiveram a oportunidade alimentar os cavalos, mas sempre acompanhados pelos tecnicos do projeto.
As crianças tiveram a oportunidade de alimentar os cavalos, sempre acompanhados pelos técnicos do projeto.

A tenente-coronel Mardônia, diretora do Centro de Reabilitação da Policia Militar, destacou os resultados positivos do programa. “Observamos melhoras motoras nas crianças e também comportamentais: na fala, no humor, na ansiedade. Elas se relacionam melhor e apresentam ganhos de forma geral”, explicou a oficial.

No Pará, o programa de equoterapia da Polícia Militar funciona há 32 anos e atende diversas instituições. Esta foi a primeira vez que recebeu estudantes de escolas municipais de Belém.

A tenente-coronel Mardõnia, diretora do Centro de Reabilitação da Policia Militar, recpcionou os estudantes e falou como funciona o Programa Equoterapia
A tenente-coronel Mardônia, diretora do Centro de Reabilitação da Policia Militar, recepcionou os estudantes e explicou como funciona o programa de equoterapia.

A diretora da Escola Municipal Santo Agostinho, Ana Cláudia Magalhães, anunciou que pretende formalizar uma parceria para visitas mensais. “A prioridade é trazer pelo menos uma vez por mês. Muitas crianças não conseguem tratamento regular, e esse contato com os animais e a equipe multidisciplinar faz toda a diferença no desempenho delas”, afirmou.

O que é equoterapia:

A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo para promover o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e necessidades especiais. Reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), a prática integra saúde, educação e equitação.

Pode ser indicada em casos de:

• Transtorno do Espectro Autista (TEA)

• Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)

• Deficiências físicas e intelectuais

• Lesões cerebrais e paralisia cerebral

• Doenças genéticas

• Problemas de postura, equilíbrio e aprendizado

• Traumas e transtornos emocionais

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