Feiras de adoção reforçam a importância do cuidado com os animais

Quando acolhemos um animal, estamos cuidando de uma vida e fortalecendo laços afetivos, que só nos fazem bem. Assim a supervisora de segurança, Pilar Moraes, 50 anos, define o trabalho voluntário que ela desenvolve como protetora de animais. Uma luta diária para resgatar, abrigar e cuidar de cães e gatos abandonados nas ruas da cidade. Neste sábado, 11, ela foi uma das participantes da ação Protetor Parceiro, programa desenvolvido pelo Hospital Veterinário de Belém Dr. Vahia, gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que objetiva valorizar e qualificar o ato de proteção animal.

Adoção é a recompensa – Moradora do bairro de Val-de-Cans, Pilar diz que o trabalho como protetora é difícil, pelos custos e tempo despendidos, mas a recompensa é certa quando um animal é adotado. Dona de nove cachorros, ela tem 12 animais para doação. “A parceria com o Hospital Veterinário é de suma importância. Na hora do aperto, quando não temos para onde correr, contamos com esse atendimento. Aqui somos bem recebidos e bem tratados. O protetor ainda é muito discriminado”, afirma ela, ao lado da xodó de casa, a cadela Mel, de 3 anos.

Quem foi ao hospital, no bairro do Tapanã, teve oportunidade de participar de uma feira de adoção de cães e gatos sob tutela dos protetores parceiros. O evento também ofereceu, gratuitamente, chipagem para os animais adotados, vacinação antirrábica, doação de ração e bazar solidário. A terapeuta esteticista Sheila Guimarães, 36 anos, aproveitou para levar um presente de aniversário para a sobrinha. “Ela quer muito um cachorrinho. Então decidi vir aqui escolher um bichinho, mas foi ele que acabou me escolhendo quando me olhou. Estou indo para casa com o Lupi. Vai ser uma surpresa para ela”, contou.

Programa já mostra resultado – A diretora do Hospital Veterinário de Belém, Márcia Alves, afirma que o Programa Protetor Parceiro já vem mostrando resultados. “Trabalhamos com orientação e educação em saúde, além do atendimento clínico para essas ONGs. Este é um evento que também dá oportunidade para que os protetores divulguem seus abrigos e possam comercializar produtos pet que eles mesmos confeccionam. É importante que a sociedade conheça o trabalho desses abrigos, pois eles desempenham um papel importante na saúde pública ao cuidar da saúde animal”, reforça.

Portas abertas – Enquanto ocorria a ação Protetor Parceiro, o Hospital Veterinário seguia com o atendimento ao público. Funcionando de domingo a domingo, das 7h às 19h, a unidade – única pública da capital – recebia tutores e animais para situações de urgência e emergência. Uma das atendidas foi a auxiliar administrativa Josi Bezerra, 54 anos, que levou o gato, Clodoaldo, de 1 ano e nove meses, para ser assistido. “Ele estava com dificuldade para urinar. Aqui colocaram um cateter nele. O atendimento foi excelente”, avaliou.

A cadela Felícia, de 3 anos e meio, passou pela cirurgia de castração, depois de uma gestação complicada, seguida de aborto. “Foi a primeira vez que vim ao hospital e já fui prontamente atendida. O serviço prestado aqui é de excelência. Minha cachorra precisava muito desse procedimento e aqui ela teve tudo. Recebemos o atendimento e inclusive os remédios que ela vai precisar tomar. Já vou para casa mais aliviada”, disse a tutora de Felícia, a autônoma Karen Lira, 25 anos.

Novo lar – A Sesma também promoveu neste sábado, até as 15h, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a 4ª Feira de Adoção de Cães e Gatos, no Parque Shopping, bairro Parque Verde. Até o início da tarde, 12 animais já haviam ganhado novos lares. Os pets disponíveis para adoção estão castrados, vacinados, vermifugados e chipados. No chip é possível encontrar todas as informações sobre o animal, como cor, raça, sexo, idade, vacinação, vermifugação e informações sobre o tutor.

O CCZ tem cerca de 200 animais prontos para adoção e livre de zoonoses, que são as doenças transmitidas dos animais para os humanos. “A posse responsável para quem vai adotar é muito importante. Isso implica em ter o tempo para a convivência com o animal, assim como ter condições financeiras para proporcionar a ele alimentação e espaço adequados, vacinas e toda a assistência veterinária quando necessário, pois isso é muito importante para o bom desenvolvimento desse novo membro da família”, explicou a chefe do CCZ, Betânia David.

Texto: Luiz Carlos Santos

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