Depois de cinco meses consecutivos de queda no preço do pescado comercializado nas feiras e mercados municipais de Belém, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese Pará), divulgaram, nesta terça-feira, 18, aumentos na maioria das espécies de peixe. A pesquisa faz referência aos dados do mês de outubro e indica novas altas de preço.
De acordo com o supervisor técnico no Dieese Pará, Everson Costa, “esse aumento de valor já era esperado, já que está diretamente relacionado à sazonalidade do pescado, que inclui o período do defeso e o aumento das marés que dificulta a atividade pesqueira neste fim de ano e nos primeiros meses do ano”.
Mesmo com a previsão de novas altas no valor do peixe, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, André Cunha, destaca que as feiras e mercados administrados pela Prefeitura de Belém são uma opção para que deseja barganhar preço e adquirir um alimento regional de qualidade, um exemplo é a nova feira anexa ao Mercado de São Brás. “Além de ser um espaço cultural, turístico e gastronômico, o Complexo do São Brás possui a feira que fica anexa ao Mercado. Lá a população consegue comprar pescados frescos e com valores negociáveis”, destacou.
Crédito: Ascom Sedcon

Márcia Nogueira, 66 anos, moradora do bairro de São Brás, já frequentava a feira antes da reforma e confessa que ficou feliz que, mesmo depois da revitalização, os preços dos peixes continuam acessíveis. “Como agora aqui é ponto turístico, poderiam aumentar de preço, porém eles continuam ofertando peixe muito bom de preço”, disse a cliente, que comprou quatro quilos de robalo em promoção oferecida pelo peixeiro Elton Souza, nesta quinta-feira.

Comportamento dos preços em outubro
Segundo dados da Sedcon e do Dieese Pará, no mês de outubro foram identificadas altas de preço principalmente no valor da tainha, com alta de 11,05%; seguida da pescada gó, 10,62%; do tambaqui, 8,28%; do tucunaré, 6,67%; da pratiqueira, 6,28%; da pescada branca; 5,37%; e da dourada, com alta de 5,25%.
Apenas algumas espécies registraram queda de preço, como o surubim, com baixa de 7,74%; seguido do bagre, -6,84%; do xaréu, -4,98%; da arraia, -4,69%; e do cação, com queda de 1,80%.
Variação nos últimos 12 meses
O estudo da Sedcon e do Dieese revela ainda as variações de preço do pescado nos últimos 12 meses. Conforme a pesquisa, de outubro de 2024 a outubro de 2025, houve queda de valores nas seguintes espécies: surubim, com recuo de 6,30%; seguido da sarda, -5,23%; da pescada amarela, -4,71%; do serra, -3,43%; da gurijuba, -2,88%; da corvina, -2,72%; e da tainha, com queda de 1,39%.
O peixeiro Dênis Rodrigues Barroso comenta a queda no preço da pescada amarela: “Além de saborosa é um atrativo para as turísticas que querem conhecer nossos peixes”.
Para quem deseja comprar peixe fresco na feira anexa do Mercado de São Brás, o setor de pescado funciona de 6h às 13h, todos dos dias.