O VI Festival das Tacacazeiras de Belém apresentou, neste sábado (20), o segundo dia de programação no Boulevard da Gastronomia, no Centro Histórico da capital. O evento, que começou na sexta-feira (19) e segue até este domingo (21), a partir das 16h, celebra o Dia Municipal das Tacacazeiras e reúne música, cultura e gastronomia típicas da região.
A iniciativa é promovida pela Associação das Tacacazeiras e de Comidas Típicas de Belém, com apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult), e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon). Ao longo dos três dias, o festival oferece ao público 25 barracas de comidas típicas, além de shows artísticos, sempre às 20h.
A programação musical deste sábado apresentou o grupo Arraial do Pavulagem. Na sexta-feira, o palco recebeu a cantora May Avila, e no domingo o encerramento ficará por conta da Banda Amazonas.
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), André Cunha, o festival reforça a identidade cultural e também movimenta a economia local. “As tacacazeiras fazem parte da história de Belém e mantêm viva uma tradição que é reconhecida como patrimônio cultural. Apoiar esse festival significa valorizar essas mulheres, fortalecer nossa gastronomia e também gerar renda para dezenas de famílias que atuam nesse setor”, destacou o secretário.
O evento marca a valorização da Lei Municipal nº 8.979/2013, que reconhece as tacacazeiras como patrimônio cultural imaterial de Belém. A data de 13 de setembro foi instituída como Dia Municipal das Tacacazeiras, em homenagem às mulheres que perpetuam a tradição do preparo do tacacá.

Segundo Neide Sobrinho, vice-presidente da Associação das Tacacazeiras e de Comidas Típicas de Belém, grupo que existe há 15 anos, o evento é uma forma de perpetuar os saberes amazônicos.
“Celebramos, durante esses três dias, o nosso 6º Festival, que traz não somente a venda das comidas típicas, incluindo o tacacá, mas a história de diversas mulheres que aprenderam esses pratos com suas mães e avós, que foram ensinadas por suas ancestrais. São três dias de festa para homenagear essas mulheres que lutaram e lutam pela valorização da cultura paraense”, disse ela.
Orgulho e pertencimento
Antônia Souza começou a vender tacacá por admirar outras mulheres que atuam nesse ofício. De acordo com ela, o Festival, além de movimentar a economia e ajudar as tacacazeiras, também contribui para que a cultura paraense seja conhecida no mundo.

“O estado do Pará se tornou uma vitrine para o mundo dos saberes e da cultura amazônica. A oportunidade de fazer parte desse grupo e participar do festival, mais uma vez enche meu coração de orgulho em estar inserida nesse meio. Chegou o momento de valorizar a nossa cultura que por tanto tempo esteve esquecida do restante do mundo”, enfatizou ela.

O evento conquistou quem passava pelo local e decidiu conhecer, como aconteceu com Ane Lobo. Segundo ela, eventos como esse homenageiam a cultura paraense não só para os turistas prestigiarem, mas também para os próprios moradores da cidade.
“Já tinha ouvido falar de edições anteriores desse festival e só com coisas boas. Ter uma programação como essa, com música e culinária, é o combo perfeito. Vale muito a pena vir prestigiar”, pontuou.