Do total de 12 ônibus fiscalizados pela Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), nesta sexta-feira, 30, dez foram reprovados pela quantidade de gases tóxicos emitidos.
A fiscalização, que aconteceu na avenida almirante Barroso, em frente ao Memorial do Barata, em São Brás, faz parte da “Operação Ringelmann” que tem como objetivo controlar a poluição provocada por veículos movidos a diesel.
Durante a ação foi verificado o índice de emissão de fumaça das descargas dos ônibus que circulam na cidade. “O óleo diesel é muito agressivo para o meio ambiente, por esse motivo é necessário uma fiscalização constante. Hoje nossa ação é educativa, porém os veículos que são considerados irregulares, são notificados e devem voltar para a garagem. Caso seja constatado que eles continuam circulando, a empresa será multada”, explica a Chefe de Fiscalização da Semma, Ivanelma Gomes.
Os proprietários dos veículos notificados têm o prazo de 10 dias para realizar a manutenção do veículo e comparecerem à Semma. Durante esse período os automóveis ficam proibidos de circular.
Para realizar a fiscalização é utilizado o “opacímetro”, aparelho que mede a quantidade de fumaça emitida e o grau de opacidade liberada pelo escapamento de motores a diesel. Uma sonda é colocada na descarga dos veículos, e através da aceleração, os gases emitidos são analisados se estão ou não de acordo com o permitido. O equipamento já vem programado de fábrica de acordo com a marca e o modelo do fabricante do veículo para, assim, aferir a quantidade de dióxido de carbono e monóxido liberados sem causar danos ao meio ambiente. A medição é baseada na resolução da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
“É bastante fácil controlar a emissão desses gases poluentes, basta que seja feita a manutenção regular desses veículos, como a troca de óleo, dos bicos, regulagem da bomba, entre outros itens. Se o veículo estiver com a manutenção em dia , a poluição diminui em até 70%”, explica Jacques Jaufret, inspetor do Sest/Senat.
Todo o processo de aferição é concluído em menos de 10 minutos. “Quando eu vi pararem o ônibus fiquei preocupada, mas um técnico veio e explicou qual seria o trabalho e a importância dessa fiscalização. Confesso que sempre via uma fumaça preta saindo de alguns ônibus, mas eu não tinha noção o quanto isso fazia mal para a saúde”, explica a enfermeira Deusa Amaral, que estava em um coletivo que foi parado para a fiscalização.
A ação conta com o apoio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), Guarda Municipal de Belém (GMB) e Sest/Senat.
Texto: Ana Paula Azevedo
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								