Moradores do assentamento Paulo Fonteles, no distrito Mosqueiro, participaram de um debate com a direção da Fundação Escola Bosque (Funbosque), a fim de trocar experiências sobre comunidades rurais, ribeirinhas e turismo de base comunitária, suas dificuldades e potencialidades.
O presidente da Funbosque, Alickson Lopes, apresentou as ações da instituição aos agricultores, acompanhado da equipe do Ecomuseu da Amazônia da Escola Bosque.
"Nós abraçamos um projeto muito maior, existe muita dificuldade em reconhecer que isso aqui é uma comunidade rural. Nunca teve uma política pública voltada para a agricultura. Mas aqui as pessoas vivem e sobrevivem do que elas produzem", informou o coordenador da Cooperativa Agrícola de Mosqueiro (Coopam), César Silva.
Pesquisa rural
César Silva ressaltou o trabalho da Agência Distrital de Mosqueiro, que realizou um levantamento concluindo que existem 44 comunidades rurais no distrito, mas que segundo Cézar, não se comunicam na perspectiva de uma rede colaborativa.
Esse é o grande desafio das comunidades agrícolas de Moqueiro, que segundo o coordenador da Coopam, têm um potencial enorme, mas que precisa das políticas públicas para se desenvolverem.
O trabalho de levantamento técnico realizado pela Admos e Coopam identificou que das 44 comunidades agrícolas de Mosqueiro, seis são ribeirinhas e uma quilombola. As atividades encontradas foram de agricultura, pecuária, extrativismo, pesca e coleta, artesanato, e agroecoturismo.
"Primeiro precisamos de alternativas de proteção para essas áreas de floresta que estão sofrendo desmatamento, ataques na sua biodiversidade", informou o presidente da Funbosque.
Comunidade Caruaru
"Criamos o Caruarte, que trabalha a sensibilização de cuidado com a natureza. A produção do nosso artesanato é extraída sem agredir a natureza", conta Leila Cunha, nascida na comunidade e que reconhece o quanto o Ecomuseu da Amazônia ajudou os moradores locais.
Na comunidade do Caruaru se destaca a produção do tucupi, açaí, camarão, inclusive com a realização do Festival do Camarão, que ocorre em março, e o Festival do Açaí que será realizado neste domingo, dia 7.
Alickson Lopes destacou as possibilidades de vivência no espaço, que recebe visitantes via terrestre e fluvial.
O turismo de base comunitária nesta comunidade é muito positiva, como ressaltou a coordenadora do Ecomuseu da Amazônia, Terezinha Resende.
Texto: Rita Ribeiro
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								