Maria da Conceição Santos, de 64 anos, mora sozinha no Guamá, em Belém. Além de cuidar dos gatos e cachorros, suas atividades favoritas são o artesanato e a dança, que ela desenvolve em oficinas promovidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) localizado no mesmo bairro. “Gosto de me divertir e fazer novos amigos. Com eles, compartilho meus problemas e dificuldades”, conta.

O Cras Guamá assiste, em média, 70 idosos por mês. Cada atendimento consiste em um tipo de atenção diferenciada, de acordo com as necessidades específicas. O trabalho é desenvolvido por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

“São intervenções pautadas na condição do sujeito e de como ele deve se compreender no âmbito familiar e comunitário. São metodologias específicas, trabalhadas em cada ciclo de vida, que valorizam o convívio familiar, comunitário e o desenvolvimento das relações afetivas e sociais. É o indivíduo como protagonista social, a partir de suas experiências pessoais”, explica a coordenadora da Proteção Social Básica da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Queila Araújo.

Para capacitar profissionais que trabalham com este serviço, que abrange as três esferas de proteção da política de assistência social do município de Belém, a Funpapa promove, até esta sexta-feira, 07, um curso para 60 agentes públicos envolvidos na temática. A capacitação teve início nesta quinta-feira, 06, na Escola Superior de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado, localizada no bairro de Nazaré.

“Só se avança em uma proposta quando se domina o conteúdo. Aqui vamos discutir a política de assistência social a partir de uma perspectiva de estudo”, resumiu o palestrante Carlos Eduardo Ferrari, professor e mestre nas áreas de Negócios, Terceiro Setor e Política Pública de Assistência Social. Ferrari atualmente está à frente da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape) e é secretário geral da Organização Nacional de Cegos do Brasil.

Texto: Denise Soares