Funpapa comemora aniversário de Mosqueiro com programações no Cras e Creas da ilha

Uma ilha paradisíaca, com praias de água doce, lindos pontos turísticos, um recanto todo nosso. Assim é a Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém que completou 126 anos de história na vida dos belenenses, nesta terça, 06 de julho. A Fundação Papa João XXIII (Funpapa) por meio do Centro de Referência de Assitência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Marialva Casanova, esteve presente na comemoração com programações especiais em homenagem a Ilha.

Cras – Com uma parte do público presente e outra acompanhando por meio de uma live, o Cras realizou sua programação com um toque todo mosqueirense no roteiro. Rodas de dança, rodas de conversa literária e exposição de fotografias sobre a ilha foram algumas das apresentações. “Um evento lindo repleto de qualidade e dedicação não poderia deixar de ser prestigiado por nós da diretoria da Fundação, que entende a importância de envolver os usuários nesses momentos”, afirmou Daniele Santa Brígida, diretora da Funpapa.

Seu Osvaldo da Conceição, conhecido por todos como "seu macaco", e dona Terezinha de Jesus foram os homenageados do Prêmio Moqueio, que os reconhece como grandes atores na história da ilha e do Cras respectivamente. O coral do grupo de idosos do Cras, finalizou a programação com chave de ouro ao cantar o Hino de Mosqueiro.

Creas – Na vila tivemos a tenda das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti), que aborda a temática por meio do projeto Girando Catavento na Ilha: criança não trabalha. O projeto foi desenvolvido com objetivo de atender esta demanda, após identificar a necessidade de planejar e executar ações que fossem além do espaço físico da unidade e que atinja um número significativo de pessoas que devem estar envolvidas nesse processo de enfrentamento do trabalho infantil.

De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), o trabalho infantil aumentou pela primeira vez em duas décadas e atinge um total de 160 milhões de crianças e adolescentes no mundo, o que traz um grande alerta às autoridades. “Diante deste cenário preocupante, não podíamos ignorar tamanha violação de direitos, e vimos que a implementação desse projeto aqui na ilha é de suma importância, porque além da sensibilização e orientação, vamos trabalhar diretamente na busca ativa e assim, combater mais efetivamente esse mal”, declarou o presidente da Funpapa, Alfredo Costa.

A erradicação do trabalho infantil sempre foi objeto de muita atenção por parte da atual gestão da Fundação e Prefeitura de Belém, que somando esforços resultou no decreto 11.113, de 2 de junho de 2021, assinado pelo prefeito Edmilson Rodrigues, que instituiu a formação da Comissão Municipal Intersetorial de Prevenção e Enfrentamento do Trabalho Infantil e de Proteção ao Adolescente Trabalhador no município de Belém. Com isso, visa-se estabelecer ações integradas a outras secretarias. Ações concretas de combate ao labor precoce, promovendo a proteção social não só às crianças e adolescentes vítimas dessa violação, bem como aos seus familiares. A Funpapa enquanto órgão gestor da política de assistência social do município é coordenadora da comissão. O lançamento do projeto contou com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues que falou da importância de lutarmos contra o trabalho infantil e ressaltou o mérito de conseguir avançar nessas pautas com servidores engajados na mesma visão.

A assinatura desse decreto pontua o compromisso da gestão com a causa, uma vez que já havia um histórico de tentativas de efetivação há anos, mas sem êxito. Para o presidente da Fundação encarar de frente essa realidade é fundamental para que se possa mostrar à sociedade informações sobre as consequências do trabalho infantil, a importância da garantia de direitos de crianças e adolescentes, e as formas de combate.

É nessa perspectiva que a Fundação visa trabalhar, aliando a implantação do projeto Girando Catavento na Ilha: criança não trabalha ao aparato oportunizado pelo decreto municipal. Com isso, não só Mosqueiro ganha, como também, toda a comunidade, que passa a atuar em cooperação com o objetivo final que é eliminar todas as formas de trabalho infantil.

Texto: Maura Carvalho

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