De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações), uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais. Em tempos de aumento da população idosa, buscar alternativas para envelhecer com qualidade é o principal objetivo de 30 idosos de 60 a 85 anos do Grupo Parafolclórico Santo Agostinho, do Programa Despertar na Terceira Idade, desenvolvido pela Prefeitura de Belém por meio da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel).
O Grupo Parafolclórico Santo Agostinho viaja nesta quinta-feira, 22, para uma série de apresentações no nordeste do país em alusão ao mês do idoso. Eles vão passar por Recife, no Abrigo Casa do Amor, no Sesc de João Pessoa, e na 10° Bienal de Dança de Fortaleza, depois de serem escolhidos entre mais de 80 grupos de todo o Brasil. As danças apresentadas serão Carimbó em homenagem ao Círio de Nazaré, Dança do Tacacá, Invernada Marajoara, Dança do Retumbão e Maçarico.
“Eu sempre fui muito humilde, trabalhei muito na minha vida e agora, com o Programa Despertar na Terceira Idade, eu posso aproveitar a minha “melhor idade” com qualidade e saúde. Posso viajar, dançar. É o que eu amo fazer, e eu danço melhor que muita novinha por aí, viu?”, brincou a aposentada Ruth Gomes, de 83 anos, que participa do Grupo desde o início do Programa, há 6 anos.
O professor Reginaldo Santos, coreógrafo do grupo, se emociona ao falar de sonhos realizados. “Muitos idosos aqui nunca saíram da cidade, agora eles têm a oportunidade não só de conhecer outros estados, mas de apresentar a dança paraense e representar a nossa cidade de Belém. A todo o momento eles me agradecem por isso”.
“O Programa Despertar na Terceira Idade tem como objetivo proporcionar à população idosa da cidade de Belém, a participação em programas de atividade física, social, lazer e cultural. A dança é trabalhada para aperfeiçoar o corpo e a mente dos nossos idosos, estamos felizes que através da força de vontade deles possam ter reconhecimento nacional”, afirma a coordenadora do Programa Despertar na Terceira Idade, Professora Selma Vieira.
Texto: Gabriela Ramos