A Prefeitura de Belém, por meio do Banco do Povo de Belém e da Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDS), deu início nesta segunda-feira, 17, ao curso de corte de cabelo para iniciantes direcionado a pessoas LGBTQIA+. Foram ofertadas 20 vagas, distribuídas em duas turmas.
As aulas, que se encerram no próximo dia 28, estão sendo ministradas pelo Instituto Embelleze, vencedor da licitação pública para a prestação desse serviço.
"Esse curso vai me ajudar financeiramente. Eu trabalhava com vendas de refrigerantes e bebidas, mas com a pandemia as vendas ficaram paradas. Eu tenho o ponto, quero me aprofundar, fazer os cursos e montar um salão, trabalhar para mim mesmo", contou Elizabeth dos Santos, 41.
Já Luísa Eduarda, de 23 anos, está sem trabalho e vê a possibilidade de se tornar cabeleireira: "a expectativa é muito boa para esse curso", disse.
Almoço – Durante o período de aulas, os alunos terão almoço garantido no Restaurante Popular Desembargador Paulo Frota, situado ali próximo, na rua Aristides Lobo, 290, órgão da Prefeitura que também é administrado pelo Banco do Povo de Belém.
A aula inaugural contou com a presença da coordenadora-geral do Banco do Povo, Georgina Galvão; do titular da Secretaria Municipal Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos (SecDH), Max Costa; e da coordenadora adjunta da CDS, Cassandra Bonifácio.
O Banco do Povo de Belém trabalha com alimentação solidária, através do Restaurante Popular e, também, com a capacitação profissional para o mercado de trabalho e para quem queira abrir o próprio negócio.
“Em breve vamos lançar o microcrédito para quem quiser empreender. A capacitação é a porta de entrada do contato com o Banco do Povo. A ideia é que a relação seja longa para quem deseja se aprofundar em outras capacitações e também em receber o crédito orientado para garantir o sucesso do empreendimento", explicou Georgina.
Na opinião do secretário Max Costa, o curso é importante para qualificar o pessoal LGBTQIA+ e oferecer possibilidades de acesso ao mercado de trabalho, “considerando que, muitas vezes, as portas são fechadas para esse público justamente por conta da orientação sexual e da identidade de gênero".
"É importante dar oportunidade para pessoas que são discriminadas e violentadas pela sociedade simplesmente pelo fato de amar e existir da forma que têm direito", completou.
Já Cassandra, falou das ações realizadas pela CDS junto ao público LGBTQIA+, bem como do acompanhamento de casos de violência junto a órgãos públicos que dão suporte de atendimento e de apuração. "É importante a participação do grupo para uma profissionalização que possa garantir renda".
Texto: Enize Vidigal
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								