Os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realizam, a cada dois meses, o Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypit (LIRAa) para medir a infestação do mosquito da dengue. Os agentes vistoriam residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais em busca de focos endêmicos.
O levantamento serve para que os agentes identifiquem quais as localidades com maior índice de infestação e onde há maior presença da larva, que é o ponto de referência dentro dessa pesquisa amostral. O último resultado do LIRAa apontou Belém como uma cidade de médio risco. “Temos uma tabela de classificação que o Ministério da Saúde indica, onde o percentual de 0 a 0,9 é baixo risco; de 1 a 3,9 é médio risco; e acima de 4 é alto risco. Belém está classificada como uma cidade de médio risco, com o percentual de 1,5”, diz David Rosário, coordenador da Divisão de Controle de Endemias da Sesma.
O LIRAa lança as informações e em seguida é feito um cálculo que dá em percentual o índice de infestação de cada bairro. “Nos bairros que apresentam maior índice de infestação fazemos ações prioritárias e entramos com uma atividade de intensificação de visitas, colocando um afetivo bem maior para o local com grande intensificação do foco”, contou David. “Para que nós possamos reduzir a infestação, fazemos o tratamento e a eliminação dos focos dentro dos imóveis”, completa.
Os agentes também inspecionam cuidadosamente caixas d’água, calhas e telhados, realizam aplicação de larvicidas e inseticidas, caso existam focos e orientam quanto à prevenção e o tratamento de doenças infecciosas.
“É fundamental a visita dos agentes, porque aqui na vila onde moro já tivemos pessoas com suspeita de dengue, mas que descobriram logo e puderam tratar”, comenta o aposentado Orlando Figueiredo. “Na minha residência eu faço todos os procedimentos necessários. Evito todo tipo de água parada, garrafas sempre de cabeça para baixo e as plantas sempre bem tratadas”, completa o aposentado, que é morador de uns dos bairros vistoriados. Por meio do LIRAa o Ministério da Saúde recolhe esses dados e publica, em relatório nacional no mês dezembro.
Além das visitas em busca da prevenção, os agentes têm orientado os moradores sobre os cuidados que devem ser tomados com a propriedade. “Pedimos que a população ajude na prevenção e no controle, não deixando água parada, recipiente com água, verificando as calhas, as caixas de passagem, caixa d’água, folhagens do quintal ou até mesmo uma tampinha. Tudo isso é importante para o desenvolvimento do nosso trabalho”, alerta Tânia Souza, agente de Controle de Endemias.
Dia D – No dia 2 de dezembro será o Dia D de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. A ação é uma intensificação do trabalho promovido pela gestão municipal para diminuir os criadouros e a incidência das doenças provocadas pelo mosquito e alertar a população para evitar a proliferação deste vetor. O evento será na Praça da República, das 9h às 13h, e contará com apresentações divididas em estandes.
Texto: Laiana Damasceno
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								