Peixes típicos da região amazônica como filhote, dourada, pescada amarela, tambaqui e tucunaré, são facilmente encontrados na mesa do paraense, mas qual o caminho que esse alimento percorre até chegar aos supermercados, restaurantes, e à mesa do consumidor? De acordo com a Secretaria Municipal de Economia, cerca de 70% do pescado vendido em Belém circula na Pedra do Peixe do Ver-o-Peso, por isso, o local já é considerado o maior entreposto de pescado fluvial e marítimo da região Norte.
O mesmo pescado comercializado na Pedra do Peixe, pelos chamados "balanceiros", é vendido no Mercado de Peixe do Ver-o-Peso. Segundo o presidente do Sindicato dos Peixeiros, Fernando Souza, são comercializados no mercado até três toneladas e meia de pescado por dia, e esse número costuma dobrar com a chegada da semana santa.
A dona de casa Ana Rocha, de 63 anos, comprou uma pescada amarela no box do peixeiro Edson Mesquita, e revela que é sagrado comprar o peixe da Páscoa no mercado. "Para a semana santa eu gosto de comprar aqui, que o peixe é mais fresco e mais barato.Essa pescada já é pra sexta-feira",informou.
A grande variedade de peixes atrai muita gente para o mercado, inclusive de outros municípios do Pará. Rosalina Santos e Raimundo dos Prazeres vieram de Moju, para passar o feriado com a filha, e já garantiram o pescado da semana. "É a primeira vez que a gente vem comprar aqui, mas já gostei muito, tem todo tipo de peixe", destacou Raimundo. "O peixe daqui também é bem melhor que o de lá – Moju -, e o preço também", completou Rosalina.
Estrutura – O Mercado de Peixe do Ver-o-Peso conta com 62 peixeiros, sete vendedores de camarão, dez de caranguejo e 27 lojistas, que trabalham às quartas e quintas, de 6h às 15h, e nos demais dias da semana, de 6h às 13h. O espaço recebeu uma reforma já na atual gestão municipal, sendo a primeira etapa entregue em janeiro de 2014 e a última em março de 2015. Todos os boxes foram reformados. Foram feitas novas instalações elétricas e hidrossanitárias, um PM Box, câmaras frigoríficas, banheiros, adequação das normas de vigilância sanitária, reforma total da cobertura, entre outras melhorias.
Texto: Kennya Corrêa
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								