Mercado de São Brás resgata trabalhadores do desemprego

Inaugurado recentemente, o novo Mercado de São Brás devolveu a alegria de centenas de trabalhadores com a oportunidade de um trabalho formal no mais novo polo gastronômico e cultural de Belém.

Crédito: Syanne Neno

O último emprego formal de Laiane Costa, 28 anos, foi quando ela tinha apenas 15 anos de idade e era “menor aprendiz” de uma loja de importados. De lá pra cá, levou a vida com trabalhos temporários, os famosos “bicos”, e a ajuda do Bolsa Família, para criar suas duas filhas, de 4 e 2 anos de idade.

Mas com a entrega do novo Mercado de São Brás, em outubro deste ano, pela Prefeitura de Belém, é como se uma enorme Porta da Esperança, em estilo “Art Nouveau”, fosse aberta para centenas de trabalhadores.

Com 83 empreendimentos, entre bares, restaurantes, lanchonetes e lojas, o suntuoso Mercado se transformou em polo gastronômico e cultural da Capital da Amazônia, às vésperas da COP 30. A média de público diário no Mercado de São Brás já ultrapassa três mil pessoas. Os resultados práticos disso são o aquecimento da economia e a geração de empregos.

Crédito: Syanne Neno

O novo Mercado de São Brás virou atração para famílias paraenses e turistas

Assim, Laiane foi uma das 300 pessoas que trabalham no novo Mercado de São Brás, ganhando a oportunidade de um emprego formal em um espaço comercial sob os holofotes de Belém.

“Esse emprego foi um
enorme alívio, porque eu só tinha a ajuda do Governo para arcar com as despesas de casa e das minhas filhas, ainda crianças. Era muito complicado. Agora virei a chave da minha vida.Tudo será diferente!”, aposta Laiane.

Colega de trabalho de Laiane em um espaço de venda de pasteis no Mercado de São Brás, Paulo Araújo, 27 anos, estava desempregado há 3 anos. Mas o sufoco financeiro ficou pra trás. “Moro com minha avó e agora, com essa oportunidade de trabalho, posso ajudar nas despesas de casa. O Mercado de São Brás, com todo esse sucesso, virou um sonho para todo trabalhador que atua nessa área”, revela Paulo.

Crédito: Syanne Neno

Depois de 3 anos de desemprego, Paulo ganhou uma oportunidade de trabalho no Mercado de São Brás

Sororidade de empresária para funcionária

Em todos os espaços de vendas do Complexo Gastronômico do Mercado de São Brás, encontram-se histórias de resiliência, que agora ganham um capítulo feliz. Em frente à loja de pasteis, na qual trabalham Paulo e Laiane, uma loja de pudins traz um exemplo prático e comovente da sororidade feminina.

A proprietária do empreendimento é a empresária Gisela Queiroz, que comanda uma rede de três lojas e 12 funcionários, movida por um verbo: oportunizar!

Nas entrevistas de emprego feitas com centenas de candidatos, Gisela conheceu a história de Jhennyffer Souza, 20 anos. Mãe solo aos 16 anos de idade, Jhennyffer criava a filha trabalhando como garçonete de restaurantes em balneários, mas não possuía vínculos formais de trabalho. Agora, vibra com seu primeiro emprego de carteira assinada, na loja de Gisela.

“Conseguir meu primeiro emprego num lugar tão importante pra cidade, como este, é uma honra! Nunca imaginei que eu iria trabalhar aqui, e num ramo diferente do qual eu atuava. Aqui eu me comunico mais com o público, o que ajuda a superar minha timidez. Está sendo uma experiência fantástica”, destaca Jhennyffer.

Crédito: Syanne Neno

Jhennyffer conseguiu seu primeiro trabalho formal com a ajuda da empresária Gisela

Quem abriu as portas desse sonho para Jhennyffer, encara a atitude como missão.

“Assim como eu tive a oportunidade de abrir esse negócio num momento difícil da minha vida, poder proporcionar essa chance de trabalho, fortalecer essa rede de apoio, é muito significativo. Me sinto extremamente feliz por ter superado tantos desafios, inclusive de saúde, e agora estender a mão a outras mulheres. Perceber que minha história virou ponte para minhas funcionárias e suas famílias”, relata, comovida, a empresária.

O orgulho de Gisela, e de tantos outros empresários do Mercado, ajuda a reforçar o compromisso da Prefeitura de Belém em impulsionar a economia com a valorização da mão de obra local.

Crédito: Syanne Neno

O novo polo gastronômico de Belém atrai uma média de mais de 3 mil pessoas por dia

Compartilhe: 

Veja também

Pesquisar