Merenda escolar em Belém é reforçada com suplemento vitamínico

Para combater a anemia, doença causada pela falta de ferro e outros micronutrientes na alimentação, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Secretaria Municipal de Educação (Semec) e Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (Fmae), atendendo o Programa Saúde na Escola do Ministério da Saúde ( PSE), iniciou nesta terça-feira, 17, a aplicação do NutriSUS nas refeições de 1150 crianças de 6 meses a quatro anos, de 17 unidades de educação infantil do município de Belém conveniadas ao PSE.

O NutriSUS é um suplemento alimentar em forma de sachê (1g), composto de 15 micronutrientes: vitaminas A, D, E, C, B1, B2, B6, B12, niacina, ácido fólico, ferro, zinco, cobre, selênio e iodo. Os sachês devem ser acrescentados e misturados à alimentação preparada nas creches, obrigatoriamente no momento em que a criança for comer.
O suplemento não altera o sabor do alimento, é absorvido facilmente pelo organismo e não causa irritação gástrica. O esquema de administração deve acontecer em duas etapas: administração de 01 sachê/dia (até completar 60 sachês), pausa de 04 meses e mais uma etapa com 60 sachês.

Para a Nutricionista da Fmae, Priscila Lins, “no Brasil, uma em cada cinco crianças apresenta a doença. As práticas alimentares inadequadas nos primeiros anos de vida estão intimamente relacionadas à morbidade de crianças, representada por doenças infecciosas, problemas respiratórios, desnutrição, excesso de peso e carências de micronutrientes, o que ocasiona a anemia”.

O Estudo Nacional de Fortificação da Alimentação Complementar (Enfac) aponta uma redução de 38% na anemia, 20% na deficiência de ferro e 55% na deficiência de vitamina A nas crianças que usaram o sachê de micronutrientes. A estratégia do NutriSUS está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que recomenda a fortificação com múltiplos micronutrientes para aumentar a ingestão de vitaminas e minerais em crianças.
“A gente precisa garantir à criança até os cinco anos de vida, o direito a uma alimentação saudável e à complementação, porque é um momento crítico de desenvolvimento, não só do seu organismo, mas do seu desenvolvimento psíquico e motor. É um sachê, sendo um por dia. Ele contém 1g de micronutrientes e será acrescentado no prato da criança. Ele vai ajudar no desenvolvimento pedagógico, uma vez que uma criança sem anemia, com certeza, terá um aproveitamento melhor”, concluiu Priscila.

Texto: Jolse Quinto

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