A Secretaria Municipal de Saúde recebeu nesta quinta-feira,17, a visita do Ministério da Saúde para tratar sobre as ações do Projeto Vida no Trânsito. A reunião ocorreu no gabinete da secretaria, com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Corpo de Bombeiros e do Departamento de Vigilância à Saúde e Núcleo de Promoção à Saúde da Sesma.
O Projeto Vida no Trânsito faz parte da resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu o período de 2011-2020 como Década de Ações para a Segurança no Trânsito, nos dez países que registram quase a metade das mortes por acidentes de trânsito no mundo: Brasil, Federação Russa, China, Turquia, Egito, Vietnã, Camboja, Índia, Quênia e México.
O projeto já está implantado em algumas capitais brasileiras, incluindo Belém. A Secretaria Municipal de Saúde gerencia o projeto em parceria com Semob, Sespa, Segup, Detran, Seduc, Semec, associações, universidades entre outros.
Em sua primeira visita técnica, a consultora Ana Amélia Pedrosa, do Ministério da Saúde, avaliou positivamente os avanços do projeto em Belém e falou sobre a elaboração de um sistema único de dados para a construção de um perfil dos acidentes de trânsito. “Para isso, temos que chamar os parceiros para fechar a lista única, pois esta ferramenta subsidiará as nossas estratégias para intervenções mais focadas”, disse.
Para a secretária municipal de Saúde, Maria Selma Alves, o sucesso do projeto perpassa também pela qualificação da informação, que precisa sensibilizar as pessoas para gerar a mudança de comportamento. “A população precisa se incomodar com a grande incidência de acidentes de trânsito e entender que o bom comportamento nas vias públicas tem que ser permanente. A imprudência no trânsito tem que ser vista no macro, não apenas como pontual”, ressaltou a Secretária.
De acordo com a Referência Técnica de Morbimortalidade por Acidentes e Violência da Sesma, de janeiro a abril de 2014 já foram registrados 70 óbitos somente em Belém. O número foi considerado alarmante, pois as mortes estão acontecendo de forma silenciosa, sem mobilização da sociedade. “Não podemos nos acostumar com isso. Se fossem 70 mortes por dengue, todos estariam em alerta. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se houvesse engajamento da população em respeitar as leis de trânsito e menos estresse entre os condutores. O projeto Vida no Trânsito vem com o objetivo de reduzir essas estatísticas e tornar o trânsito de Belém mais seguro”, explicou Maisa Moreira, coordenadora da referência.
Ao final da reunião, ficou acordado que os órgãos parceiros irão designar representantes para a formação de uma comissão oficial do município para conduzir os trabalhos do projeto e elaborar um Termo de Cooperação Técnica, além da formação de uma lista única de dados, que reunirá as informações enviadas pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Civil/Detran, Polícia Rodoviária Federal e Semob.
Em outubro, nova reunião está agendada com a consultora do Ministério da Saúde, que voltará ao município para acompanhar o andamento do projeto.
Texto: Paula Barbosa
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								