Mosqueiro ganha campanha contra preconceito e trabalho infantil

Foi na manhã desta sexta-feira, 9, que as ações de combate ao preconceito, trabalho e violência infantil chegaram a Mosqueiro. As ações foram conduzidas pela Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos (Secdh), Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Belemtur e Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) e ganhou apoio popular durante as abordagens na praia do Chapéu Virado.

O titular da Secdh, Max Costa, comentou que a reação da população é gratificante porque mostra o quanto as pessoas estão interessadas na temática que visa derrubar as barreiras do preconceito contra o racismo, machismo, violência doméstica, GLBTfobia e tantas outras formas de preconceito. “Iniciamos nossas ações de verão pelas ilhas de Cotijuba, depois Combu e, hoje, estamos aqui em Mosqueiro”, disse.

As abordagens são educativas. O público recebe orientação sobre as formas de preconceito e como denunciá-las. A assistente social Mylena Santana, que faz parte da equipe da Secdh, comentou que a maioria do público se mostra receptivo e até relata episódios envolvendo casos de preconceito. “A campanha é boa porque esclarece, orienta e informa os canais de denúncia”, destacou a jovem.

Para Max Costa, o preconceito pode estar escondido, disfarçado em atitudes desrespeitosas e, por isso, a campanha está percorrendo os locais de concentração de público do verão amazônico, levando a mensagem da diversão, porém, sem esquecer os cuidados contra a pandemia da Covid-19, com uso de máscaras, álcool em gel e sem espaço para preconceito.

As ações em Mosqueiro abriram com a exibição de roda de capoeira da comunidade Ilhas de Marés e seguiu com aulão de aeróbica com instrutores da Sejel.

A Belemtur também esteve presente, distribuindo mapas turísticos de Mosqueiro. A Funpapa realizou abordagens sociais de combate ao trabalho infantil, violência e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Segundo o pedagogo do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Fernando Conduru, no mês julho torna-se crescente o número a exploração da mão de obra infantil em Mosqueiro. “Abordamos socialmente um garoto de 13 anos vendendo salgadinhos para receber cem reais pelo trabalho”, disse o educador.

Rede – Os casos identificados como trabalho ou exploração sexual de crianças e adolescentes são encaminhados à rede protetiva do Cras e Creas.

Em Mosqueiro, por meio do projeto Cata-vento, são desenvolvidas ações que visam atender as famílias, dando a elas proteção social para evitar que seus filhos sejam envolvidos ao trabalho precoce. As campanhas educativas devem seguir até o final do mês de julho.

Serviços
Para qualquer caso de violência Disque 181.
Violência contra crianças Disque 100.
Conselho Tutelar de Mosqueiro (91) 98430-8875.

Texto: Selma Amaral

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