Mulheres da Condor e da Terra Firme recebem mutirão de exame preventivo do câncer de colo de útero

Com histórico de câncer do colo do útero na família, a serviços gerais Mayara da Conceição Soares, 26, passou a dar mais atenção à saúde e frequentar regularmente a Unidade Municipal da Terra Firme. Mas com o tempo tomado pelo trabalho durante a semana, a jovem se limitava a realizar exames gerais. Na manhã deste sábado, 19, com o mutirão de saúde promovido pela Prefeitura de Belém, Mayara viu a oportunidade de colocar o exame preventivo do câncer de colo de útero em dia.

As UMSs da Terra Firme e da Condor mais uma vez abriram as portas para o atendimento de demanda espontânea para coleta para o exame preventivo do câncer do colo do útero (PCCU).

“Eu deveria ter feito a coleta em junho do ano passado, mas trabalho o dia inteiro e não tive como. Sei da importância da prevenção por meio do tratamento, e por isso assim que eu soube que iriam abrir hoje para realizar o exame vim logo cedo”, disse Mayara, revelando os motivos que a fazem cuidar da saúde. “Minha tia teve princípio de um câncer, já a minha avó teve o câncer do colo do útero e precisou tirar tudo. Já que essas doenças podem ser hereditárias, eu prefiro ficar atenta e me cuidar”, frisou.

Enquanto aguardavam atendimento, as mulheres receberam orientações sobre cuidados pessoais, autoconhecimento, alimentação saudável, planejamento familiar, câncer de mama e de colo de útero, exames preventivos e importância da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para meninas de 9 a 13 anos.

A enfermeira da unidade da Terra Firme Laurilene de Fátima Pinto acredita que essas ações de mutirão, acompanhadas de palestras com profissionais da unidade, são de fundamental importância para a prevenção de doenças. “Nós abrimos as portas para a demanda espontânea aqui na unidade três vezes por semana. Depois que elas fazem a coleta, nós encaminhamos para o ginecologista da unidade e, independentemente do resultado, elas fazem todo o acompanhamento com os nossos profissionais”, explicou a enfermeira.

Ao contrário de Mayara, Esmeraldina Mendes Mesquita, 53, nem lembra da última vez que se submeteu a uma consulta especializada. Ela explica que a rotina de cuidar da mãe, que faleceu há sete meses, a impossibilitava de ir até a unidade de saúde. “Posso até não ter histórico de câncer na família, mas como eu não me cuidava e só me atentei bem tarde, é bom fazer tudo o que os profissionais da saúde me orientarem aqui. Como eu cuidava da saúde da minha mãe, me esqueci completamente da minha. Agora é hora de tentar correr atrás do tempo perdido”, afirmou.

Na UMS Terra Firme, a organização não governamental (ONG) Grupo de Ouro Nacional (GON), que ajuda pessoas com câncer, mobilizou as mulheres do bairro para o mutirão.

Texto: Kezia Carvalho

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