Oficina qualifica profissionais de Saúde para atendimento a vítimas de violência

Instrumentalizar os profissionais de saúde no atendimento às pessoas em situação de violência. É com esse objetivo que a Prefeitura de Belém, por meio da referência técnica de Morbimortalidade, Prevenção de Acidentes e Violências da Secretaria Municipal de Saúde realizou nesta quinta-feira,29, no auditório da Santa Casa de Misericórdia do Pará, a segunda Oficina de atualização para notificação da violência interpessoal e autoprovocada na rede de saúde de Belém.

Com a implantação da Ficha de Notificação da Violência em 2009, foi possível iniciar a caracterização da violência doméstica, sexual e de outros tipos de violência que atingem a população.

De acordo com a coordenadora da referência, Maisa Moreira, há uma necessidade constante de atualização dos conhecimentos de todos que compõem a rede para que o atendimento ocorra de forma adequada e resolutiva. “Nessa oficina nós estamos pontuando principalmente a forma de acolhimento, identificação, atendimento e encaminhamentos, além de orientá-los quanto ao correto preenchimento da ficha de notificação”, explicou a coordenadora, que também levou à oficina casos fictícios para melhor exemplificar a rotina dentro das unidades de saúde. “Fizemos uma discussão de casos sobre a violência interpessoal e autoprovocada. É importante que este profissional esteja preparado e atento para receber essas vítimas”, ressaltou.

A psicóloga do HPSM Mário Pinotti, Elizangêla Carvalho, realizou a primeira oficina e avalia a iniciativa como forma de preparar o profissional para que ele receba a vítima e dê o apoio necessário quando ela for em busca de atendimento. “Principalmente nos pronto-socorros muitas pessoas chegam com sinais de violência, e é importante que o profissional saiba como proceder, acolher e encaminhar essas vítimas”, pontuou.

Já a enfermeira da Unidade de saúde de Icoaraci, Silvia Costa, que realizou a oficina nesta quinta-feira, aponta diversos casos de violência que chegam à UMS. “Crianças e idosos são quem mais chegam com sinais de violência e a gente percebe que são maus tratos e abandono, quando se trata de idosos. A partir dessa oficina, nós entendemos para onde devemos encaminhar essa vítima de violência. Se for sexual, encaminhamos ao Propaz, se for física encaminhamos para outro lugar, de forma que essa vítima se sinta acolhida”, declara Sílvia.

As duas oficinas atenderam 140 profissionais e tiveram como público-alvo profissionais de saúde das UMSs, ESFs, hospitais municipais, estaduais, militares e particulares e casas especializadas.

Texto: Kezia Carvalho

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