Operação na Ceasa teve motos apreendidas e casos de trabalho infantil

A estrada da Ceasa recebeu a segunda operação do ano contra a criminalidade e irregularidades no trânsito. Desde as 21h desta sexta-feira, 4, a Guarda Municipal de Belém (GMB), a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (SeMob) e agentes da 1º Vara da Infância e da Juventude se concentraram na área. Veículos e condutores com documentação irregular, revista pessoal e abordagem de menores de idade foram alvo da ação.

Ao todo foram realizadas cerca de 280 abordagens policiais, que resultaram em 10 motos apreendidas e 11 casos de adolescentes envolvidos com situação de trabalho infantil. Destes, dois menores de idade foram encaminhados para o conselho tutelar e os demais foram liberados após a assinatura do termo de responsabilidade pelos pais.

Os moradores apoiaram a ação conjunta, como diz Raimundo Batista, de 47 anos. "Vivo aqui há muitos anos e todo mundo sabe que esta é uma área de risco, com prostituição e drogas. Por isso, é necessária a presença dos órgãos públicos para dar maior segurança aos moradores, trabalhadores e quem transita aqui", comentou.

A operação contou com 250 homens de todos os grupamentos da GMB distribuidos em 10 viaturas e 20 motos realizando a barreira fixa e ronda ostensiva no entorno. Já a SeMob atuou com oito agentes de trânsito e oito guinchos. Além disso, seis agentes do Juizado da Infância completaram a equipe.

Segundo o subcomandante da GMB, Edson Wander, a area é via de tráfico de drogas e até de prostituição infantil. "Devido a área não ter muita fiscalização, essas operações são fundamentais para combater atos infracionarios. Só na primeira operação que realizamos aqui,foram apreendidos 50 veículos", informou o subcomandante.

O inspetor da SeMob, Murilo Souza, avaliou a operação. "Ações como esta são muito positivas porque atuamos na prevenção de acidentes. Nas abordagens verificamos a documentação do veículo e do condutor e as condições de trafegabilidade do veículo", disse o inspetor.

A operação havia sido agendada há duas semanas mas com a paralisação da Polícia Militar, os trabalhos foram "superficiais", como ressaltou o inspetor da GMB, André Gil."Nossa preocupação foi de não afrontar a outra instituição que iria participar desta operação. Mas como os outros órgãos já tinham sido acionados, não podíamos cancelar o trabalho. Por isso vamos fazer ações superficiais, numa área de ação menor do que estava prevista", ressaltou o inspetor.

Texto: Dandara de Almeida

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