Pensando em fornecer orientações para mulheres grávidas e esclarecer dúvidas, a Unidade de Saúde do Telégrafo proporcionou na manhã desta quarta-feira, 27, uma roda de conversa com a doula Lene Lisboa, profissional em acompanhar mulheres durante o período gestacional e após o parto. A programação faz parte da IV Semana do Bebê e abordou as “Cenas e Cenários da Humanização do Parto em Belém”.
Segundo a gerente da UMS do Telegráfo, Mary Rebelo, a iniciativa visa reforçar, com as gestantes, conhecimentos importantes sobre o parto. “Muitas grávidas chegam aqui na unidade sem a informação mínima necessária para começar o pré-natal. Então, a gente vê na semana do bebê a oportunidade de chamar as grávidas para dar essas informações e para que elas se preparem para esse momento importante. Prestando acompanhamento, a gente consegue minimizar esses índices tão altos de doenças na gravidez e na primeira infância”, explica a gerente.
Durante o bate-papo, a doula Lene Lisboa, explicou a diferença entre parto humanizado e parto domiciliar, e a importância de sensibilizar a mulher durante a gravidez. “Percebemos que um acontecimento que parece ser simples, durante o trabalho de parto, carrega com a mulher todo um contexto para a vida dela”, destacou.
A estudante Natália Fonseca também participou da roda de conversa e trocou experiências sobre o parto realizado em casa. “Não tive uma boa experiência com o meu primeiro parto, que teve que ser cesárea, mas na minha segunda gestação fui em busca de informações e optei por um parto domiciliar, que me deu mais conforto e segurança”, explicou.
Lene Lisboa esclareceu ainda o papel da doula, antes e depois do parto, e frisou que o movimento não luta contra o parto cesárea. “O parto cesárea deve ser usado para o fim que ele foi feito. Esse tipo de intervenção deve ser feita para o bem da grávida e do bebê. Não somos contra a cesárea ou qualquer método que ajude a mulher”, garantiu.
Para a dona de casa Eliane Lima, de 29 anos, o importante é ter conhecimento para escolher o tipo de parto adequado. “Como a Lene mesmo falou, não é a doula que vai fazer a escolha por nós, e sim nós mesmas, através de todo o conhecimento que vamos buscar. Eu quero poder ter o domínio sobre o meu parto, e se não houver nenhum risco para o bebê, com certeza vou optar pelo parto normal”, afirmou.
Na próxima sexta-feira, 29, dia de encerramento da Semana do Bebê, a UMS do Telegráfo vai exibir o filme O Renascimento do Parto, às 10h. A UMS fica na Rua do Fio, s/n, entre passagem São João e São Pedro.
Texto: Kezia Carvalho
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								