Passeio fluvial marca programação do Encontro Latino-americano das Cidades Criativas

Durante a manhã e tarde deste sábado, 5, cerca de 50 pessoas, dentre eles chefs, demais profissionais da gastronomia e integrantes da organização do Encontro Latino-Americano das Cidades Criativas, participaram de um passeio fluvial e guiado pela Baía do Guajará. O Encontro iniciou no último dia 3 e foi encerrado na noite de sábado, na Praça dos Estivadores, com o Circuito Gastronômico Musical.

A experiência turística e gastronômica teve início na Estação das Docas. De lá saiu a embarcação Tribo dos Kayapó, que percorreu, inicialmente, a orla da cidade em direção ao distrito de Icoaraci e em seguida sentido à Universidade Federal do Pará (UFPA).

Os participantes do passeio tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da história de Belém, dos galpões das docas e curiosidades sobre o arquipélago marajoara. Para os organizadores, o evento não apenas atingiu seu propósito de cumprir o protocolo estabelecido pela Unesco, no processo de reforçar e garantir o selo à cidade de Belém de 'Cidade Criativa' da gastronomia.

"Superou todas as expectativas, que eram altas. Tivemos uma programação rica de opções com 'cooking' show no bar do parque com a presença de chefs do Brasil e de países como Peru e do Panamá. Além disso, tivemos uma aula-show para o público maior, na praça dos Estivadores e visita ao mercado do Ver-o- Peso. É uma vitrine internacional", avaliou Claudia Sadalla, diretora de Negócios da Companhia de Desenvolvimento de Belém (Codem). "Estamos ainda estimulando a economia criativa, uma outra vertente a ser trabalhada, mas também o cinema e o food design", explicou Sadalla, em um outro momento.

Experiências– Ian Garcia, de 26 anos, representante mexicano no evento, falou da impressão do Encontro. "Eu gostei das frutas tropicais. Sempre fazemos experiências e vamos procurar levar algum ingrediente daqui para produzir algo a ser oferecido em um jantar", comentou.

Antropologia – Com mais de 14 livros publicados como acadêmico, o professor universitário colombiano Carlos Montoya, 63, destacou o 'calor humano' como algo que chamou a atenção na cidade de Belém, algo parecido que acontece na Colômbia, além da diversidade de espécies de peixes. "As pessoas aqui são receptivas. Isso é bom. Eu ficaria encantado em pesquisar a riqueza dos peixes dessa região", ressaltou o docente.

Na programação, os sete profissionais internacionais da área da gastronomia tiveram a oportunidade de aportar na conhecida Casa de Chocolate da Ilha do Combu, localizado à direita do Igarapé do Combu.

Na oportunidade, visitaram a área da produção de chocolate e aprenderam detalhes da fabricação dos produtos de responsabilidade de Izete Costa, 53 anos, e proprietária da Casa de Chocolate. "É gratificante mostrarmos nosso trabalho, divulgarmos o que está sendo feito. É uma satisfação saber que eles vêm de longe para conhecer a nossa produção", ressalta a ribeirinha conhecida como "Dona Nena.

Do estado catarinense, a chef Carolina Baracuí, de 23 anos, mostrou-se satisfeita com a programação oferecida. Revelou a preferência dos produtos naturais. "Temos muitos pontos em comum com o Pará, caso da cultura portuguesa, mas o jambu é algo diferente e cheio de possibilidades", afirmou a profissional que atua em eventos e em um bistrô na cidade de Florianópolis.

O resultado positivo da Programação do evento atende todo o trabalho e ações da Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Codem. “Por decreto, a Codem tem a responsabilidade de gerir o selo de Belém ser uma cidade criativa da gastronomia, mas não apenas a gastronomia, e sim todas as outras relacionadas, como o artesanato, música e o áudio-visual", avaliou Danilo Soares, diretor-presidente da Codem.

Texto: Sérgio Chêne

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