O lixão do Aurá só será fechado quando todos os catadores de materiais recicláveis estiverem assegurados no mercado de trabalho. A garantia foi dada pelo secretário municipal de Saneamento, Luiz Otávio Mota Pereira, durante encontro com representantes de organizações da sociedade civil e órgãos governamentais, na tarde desta quinta-feira, 26, no auditório do Conselho de Engenharia e Agronomia do Pará. O evento foi realizado pela Rede Nossa Belém, secretariada pelo Observatório Social de Belém.
O grande desafio que deverá ser superado com o fechamento do lixão do Aurá é garantir o abastecimento do Centro de Triagens de materiais recicláveis, que está em construção e ficará pronto em dois meses dentro do próprio Aurá. “A prioridade é amparar todos os catadores e utilizar a mão de obra qualificada destes profissionais para a separação do lixo dentro deste galpão de triagem”, destacou o secretário de saneamento, ressaltando que em torno de 500 catadores serão acolhidos neste espaço.
“Quem preferir não continuar trabalhando na cadeia produtiva do lixo será perfeitamente contemplado em de outras atividades, e receberá treinamentos e cursos de acordo com a nova atividade pretendida. A prefeitura, certamente, continuará dando todo o apoio”, garantiu Pereira.
A prefeitura de Belém, ainda segundo o gestor municipal, está empenhada em colocar em prática, até o próximo ano, o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) que está em fase de elaboração. “Um plano eficiente de gestão dos resíduos urbanos precisa ser metropolitano. Não adianta pensar isoladamente e elaborar metas para resolver apenas o problema de Belém. Os municípios de Ananindeua, Marituba e Benevides necessitam estar cada vez mais integrados neste processo”, considerou o secretário.
Através dos resultados apresentados pelo PGIRS será possível elencar opções de novas áreas para receber o lixo produzido na região metropolitana. A ideia é encaminhar para esta nova destinação final apenas os materiais orgânicos e os rejeitos que não podem ser reciclados ou reaproveitados. Todo material que possui valor econômico deve ser previamente separado e vendido, gerando renda para milhares de famílias. Para isso, a mão de obra dos catadores será fundamental a partir da implantação da Coleta Seletiva nos bairros da capital”, disse o gestor.
Outra garantia dada pela Prefeitura de Belém é de que nos próximos dois anos estarão em operação 19 galpões de triagem de materiais recicláveis, além de 12 Unidades de Recebimento Voluntário de Pequenos Volumes de Entulho (URPV), semelhantes a uma que já opera no bairro do Jurunas e que foi inaugurada recentemente.
Para o presidente da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis – Concaves, Jonas de Jesus Fernandes, os compromissos assumidos pela prefeitura estão sendo amplamente discutidos há pelo menos dois anos. “Esta é uma conquista de toda a categoria”, resumiu.
Texto: Lauro Lima
 
								 
															 
								 
															 
								 
								 
								