Poder público e feirantes aprovam plano de ação para feiras e mercados de Belém

Feirantes de Belém reuniram-se, nesta terça-feira, 09, na sede da Secretaria Municipal de Economia (Secon), com representantes do poder público municipal, estadual e parceiros, para ratificar o documento elaborado durante a oficina do Diagnóstico “Belém 400 anos”, realizada no último dia 30 de outubro.

O texto, que será publicado, representa o plano de ação do poder público para o segmento das feiras e mercados de Belém. O encontro foi comandado pelos titulares da Secon, Marco Aurélio Nascimento, e da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), Maria Amélia Enriquez.

De acordo com o secretário Marco Aurélio Nascimento, ao longo das discussões dois aspectos puderam ser destacados e serão o cerne do documento que representa o plano de ação para as feiras e mercados de Belém: a capacitação dos feirantes e a melhoria da infraestrutura. “No que se refere à capacitação, várias ações serão tomadas com o apoio dos parceiros, sobretudo no que diz respeito ao acesso ao crédito, educação ambiental, empreendedorismo, educação financeira e boa práticas na manipulação de alimentos.

Com relação ao eixo da estrutura física das feiras, foi aprovada por unanimidade pelos feirantes a necessidade de um maior conforto térmico, piso de fácil lavagem e equipamentos adequados para cada atividade. Quem vende carne, por exemplo, tem necessidade de equipamentos diferentes de quem vende açaí e isso precisa ser respeitado nesse novo modelo”, explicou Marco Aurélio, acrescentando que as reformas devem ser iniciadas em fevereiro e março do ano que vem. “Nossa ideia é sim revitalizar todas as feiras da cidade, mas, aos poucos, até porque dependemos de orçamento. Vamos dar prioridade para algumas que estão em situação mais desfavorável, dentro de um cronograma, como é o caso do Ver-o-Peso, para a qual o recurso já está assegurado por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Cidades Históricas”, completou.

Marco Aurélio Nascimento também ressaltou a importância do Diagnóstico “Belém 400 anos”, que está sendo realizado junto a diversos segmentos da economia da capital paraense. “A ideia dessas oficinas é fazer uma aproximação, colher as informações mais precisas das lideranças desses segmentos. São oficinas bem práticas, em que usamos uma metodologia que identifica os pontos fracos, fortes, oportunidades e ameaças, a fim de podermos direcionar as políticas públicas. Cada segmento vai ter o seu plano de ação e, a partir disso, vamos desenvolver as ações que vão se desdobrar em outras estratégias de políticas públicas”,

O feirante Alex Ferreira, da Associação de Feirantes do Porto da Palha e do Ver-o-Peso, tem 32 anos e representa a terceira geração de uma família de feirantes. Trabalha com peixe salgado e ração, entre outros produtos. Para ele, esse tipo de diálogo com o poder público é fundamental para o desenvolvimento do segmento. “Esse projeto é maravilhoso, não só para as feiras, mas para o futuro de Belém. As associações querem atuar cada vez mais como parceiras da Secon nesse trabalho”, observou.

Texto: Elck Oliveira

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