O motorista Manoel Raimundo Pinto, de 58 anos, ainda dormia sob o efeito da medicação, enquanto a esposa dele, a professora Aliceia Leal Pinto, falava do atendimento no Novo Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti. A professora destacou a abordagem da equipe do “Posso Ajudar?” durante o processo de internação dele no hospital.
Manoel é de Barcarena, e na tarde do último domingo foi para Abaetetuba, município que fica logo ao lado, e a alternativa de veículo mais rápida para o trabalho que ia fazer era a motocicleta. No retorno de Abaetetuba ele sofreu um acidente na estrada. Sem estrutura, a unidade de saúde do município encaminhou o paciente para Belém, onde ele foi internado imediatamente no Mário Pinotti.
"Foi curioso porque nós chegamos aqui no PSM e ficamos ali, sentados, esperando o atendimento do médico traumatologista e logo fomos abordados pela equipe do ‘Posso Ajudar?’”, contou Aliceia. Eles foram logo levados para a traumatologia, enquanto um profissional verificava a temperatura do esposo.
A voluntária Eloisa Helena Lopes foi quem atendeu Aliceia e o paciente. “Foi ela quem perguntou se poderia nos ajudar. Eloisa realmente se preocupou e viu que nós precisávamos de orientação naquele momento. Ela foi um anjo”, avaliou a acompanhante, ponderando ainda sobre o atendimento médico no hospital. “Meu esposo não teve nenhuma fratura, e está se recuperando bem. O atendimento aqui tem sido muito bom”.
Eloisa faz parte da equipe do projeto implantado recentemente no hospital da travessa 14 de Março pelo Comitê de Humanização. O “Posso Ajudar?” é um serviço que foi implantado no último dia 6 com o objetivo de recepcionar o usuário de forma acolhedora e humanizada, atuando na prevenção de conflitos, monitorando a espera do usuário, informando sobre a oferta de serviços e horários de funcionamento, sempre considerando as demandas e executando ações que são realizadas da porta de entrada aos corredores do hospital.
“Eu gosto muito de fazer parte desse projeto inovador porque eu tenho o prazer de ajudar. Fiz a capacitação e a equipe do comitê viu que eu tinha esse perfil acolhedor”, disse a servidora.
Quem também foi abordada por Eloisa foi a dona de casa Ângela Cristina Cardoso, mãe de Ruan Igor Maia, 12, que deu entrada na manhã desta segunda-feira, 16, com febre e náuseas. A agilidade do atendimento foi o que mais chamou a atenção de Ângela. “Ela nos ajudou em tudo. Pegou o encaminhamento dele para a pediatria e nos orientou sobre como proceder aqui dentro do hospital. Isso facilita a vida de quem está passando por esse momento difícil”, avaliou a dona de casa, que não poupou elogios ao novo serviço. “Posso elogiar ela e o serviço com certeza”.
O “Posso Ajudar?” conta com o apoio de profissionais capacitados. Paciente e acompanhante podem identificar a equipe pelo colete verde que cada um já está usando. “É importante que o usuário que chegue ao hospital busque por esse serviço, que assegura a agilidade no processo de atendimento. A equipe foi orientada por psicólogas, terapeutas, assistentes sociais, médicos e profissionais que já têm experiência na área da humanização hospitalar e isso garante um serviço mais humanizado para o usuário”, ressalta o secretário municipal de saúde, Sérgio de Amorim Figueiredo.
Texto: Kezia Carvalho