Preço do peixe cai em Belém pelo sétimo mês consecutivo

Pelo sétimo mês consecutivo, o valor da maioria do peixe comercializado nos mercados municipais de Belém apresentou nova queda de preço. A pesquisa referente ao mês de outubro foi apresentada nesta quarta-feira, 17, pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) e pelo Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA).

As espécies com quedas de valor mais expressivos, observadas pelos órgãos no mês passado, foram tamuatá, com queda de 8,69%; seguida do tambaqui, 8,68%; tucunaré, 8,41%; gurijuba, 7,91%; curimatã, 6,41%; pescada amarela, 6,36%; Mapará, 6,15%; serra, 6,02%; cachorro de padre, 5,88%; sarda, 5,87%; aracu, 5,85%; tainha, 5,49%; arraia, 5,20%; filhote, 4,71%; traíra, 3,14%; dourada, 3,08%; e pescada branca, com queda de 2,66%.

Apesar das baixas de preço no mês de outubro, o balanço efetuado pela Secon e Dieese Pará sobre a trajetória de preço do pescado comercializado nos mercados municipais da capital mostra que, de janeiro a outubro de 2021, a maioria das espécies apresentou alta de valor com reajustes acima da inflação, estimada em torno de 8% (INPC/IBGE) para o mesmo período. O estudo indicou, ainda, que em um ciclo de 12 meses (outubro de 2020 a outubro de 2021), a correção chegou a 11%.

Perspectivas – o presidente do Sindicato dos Peixeiros de Belém e vendedor de pescado no Mercado de Ferro do Complexo do Ver-o-Peso, Fernando Souza, revelou que já se prepara para as altas do valor do pescado, a partir deste mês de novembro. “Tivemos uma sequência de quedas no valor do peixe, mas, agora, a perspectiva é de aumento, comum nos finais de ano”.

Fernando lembra, também, que “o pescado que entra no mercado de Belém é de boa procedência, sem risco para a saúde da população, que muitas vezes é assombrada por fake news (notícias falsas), falando sobre a doença da Urina Preta”.

Segundo o supervisor do Dieese no Pará, Roberto Sena, “o possível aumento das espécies para o mês de novembro acontecerá em decorrência de diversos fatores, como as mudanças de maré e as espécies entrando no período de defeso”.

Ainda segundo o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro, “as perspectivas de elevações de preço do pescado deve-se ao custo da busca do peixe, puxado pela alta nos valores dos combustíveis, lubrificantes e peças para as embarcações, o que prejudica tanto os trabalhadores desse segmento como a população, que recebe o preço final”.

Texto: Roberta Corrêa

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