Prefeitura e governo do estado realizam vestibular de Tecnologia em Geoprocessamento na Escola Bosque

A estudante Jéssica Souza da Silva, 30 anos, ex-aluna da Escola Bosque, foi a primeira candidata a chegar em frente à Funbosque, no distrito de Outeiro. Antes das 13h ela já estava no portão, par realizar a prova do inédito vestibular de Tecnologia em Geoprocessamento, da Universidade Federal do Pará (UFPA), na ilha de Caratateua. “Estou com as melhores expectativas possíveis, estudei e estou preparada”, disse a candidata.

Os portões da Funbosque foram abertos às 13h. A prova ocorreu na tarde deste domingo, 15, no período de 14h30 às 18h30, na Fundação Escola Bosque (Funbosque), ilha de Caratateua. A Fundação de Amparo e desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) foi a realizadora do processo seletico.

Foram 510 inscritos para 40 vagas. A prova teve 107 presentes e 403 faltosos.

Forma Pará – A oferta das vagas na Funbosque para o curso de Tecnologia em Geoprocessamento é coordenado pelo Programa Forma Pará e se dará a partir do acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Administração (Semad), e o governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet).

A secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica, Edilza Fontes, esteve presente na Funbosque, para acompanhar a aplicação da prova, junto com a secretária municipal de Administração, Jurandir Novaes, o presidente da Funbosque, Alickson Lopes, o coordenador do curso de Geoprocessamento, Paulo Melo, e o administrador do distrito Outeiro, Maiken Souza.

Importância – O presidente da Funbosque destacou a importância do curso para a comunidade da ilha de Caratateua. “É a possibilidade de complementar o curso Técnico em Meio Ambiente, que existe na fundação, juntamente com o curso Técnico em Recurso Pesqueiro e o curso Técnico em Cozinha, porque nos oferece uma visão completa, reúne dados, informações a respeito da produção, do descarte de resíduos solídos, uma série de questões ambientais que são, para nós, de fundamental importância".

"Isso pode proporcionar a geração de políticas públicas para solução desses problemas e geração de renda para a população, então esse é o resultado do curso de nível superior na Funbosque. Saímos de uma luta de resistência para permanência do ensino médio, com ampla participação da comunidade, alunos e professores, para o grande salto do ensino superior”, destacou Alickson Lopes.

A secretária Jurandir Novaes ressaltou a satisfação deste fato inédito, que é Outeiro ter o curso público em universidade federal, financiado pelo governo do estado do Pará, com apoio financeiro, logístico da prefeitura de Belém.

Tecnologia em Geoprocessamento – O profissional graduado em Tecnologia em Geoprocessamento utiliza, entre outras ferramentas, sistemas de sensoriamento remoto na produção e interpretação das imagens, para coleta de dados sobre uma região, imóveis urbanos e rurais ou para confecção de mapas.

O tecnólogo em geoprocessamento está apto a atuar nas áreas de imagens de satélites, GPS, softwares para mapeamento, geomonitoramento ambiental, mapeamento de recursos naturais, atualização de bases cadastrais, aplicação de planejamento urbano e rural, zoneamentos ambientais, sociais e integrados, bem como políticas públicas com uma formação voltadas à responsabilidade social e ambiental.

O curso de geoprocessamento é o único no Pará e inicia a segunda turma, explicou Paulo Melo, coordenador do curso. “É um curso de tecnólogo, com duração de três anos, no qual os formados podem atuar em cartografia digital, licenciamento, em geoprocessamento, em tecnologias importantes para análise ambiental e social”, acrescentou.

A candidata Maria Elisa, de 59 anos, ressaltou a importância de estudar. “Não paro de estudar. Já fiz magistério e, agora, apareceu essa oportunidade, que considero um curso promissor. É muito novo e ainda é perto de casa. Etão, resolvi tentar uma vaga”.

Outros cursos – A partir do termo de convênio estabelecido com o Programa Forma Pará e Instituições de Ensino Superior, os distritos de Outeiro (Geoprocessamento/ Universidade Federal do Pará-UFPA), Mosqueiro (Gastronomia/ Universidade do Estado do Pará- UEPA) e Icoaraci (Sistema de Informação/ Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA e, futuramente, Gestão Ambiental/ Instituto Federal do Pará – IFPA), estão com vestibulares em andamento ou com turmas em plena atividade.

Texto: Rita Ribeiro

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