Em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, comemorado no dia 29 de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio do Núcleo de Proteção a Saúde (NUPS), está promovendo várias ações educativas durante este mês de janeiro, nas unidades de saúde do município.
Nesta, sexta-feira, 25, a programação foi realizada na Unidade Municipal de Saúde do Guamá (UMS). A programação contou com palestra, roda de conversa e teatro educativo para alertar a comunidade sobre como detectar e tratar a hanseníase. Participaram da ação, técnicos, enfermeiros, médicos e educadores da Sesma, além de representantes da campanha estadual Janeiro Roxo.
Todas as unidades de saúde da Sesma estão preparadas para diagnosticar e fazer o tratamento da hanseníase. “Aqui a gente tem uma atenção integrada, desde os exames iniciais necessários, consultas com os médicos especializados e o tratamento a base de medicamento especifico”, explica o enfermeiro Cristian Ferreira, que faz todo o acompanhamento de quem chega com suspeita da doença na UMS do Guamá.
Gilson Gomes, de 39 anos, está fazendo o tratamento contra hanseníase pela segunda vez. Ele procurou a Unidade de Saúde do Guamá depois de suspeitar de uma mancha branca na mão. “Estava trabalhando e meu patrão observou a mancha e aconselhou a procurar um médico. Eu vim aqui no posto e, depois de confirmado, recebi todas as orientações para fazer o tratamento”, afirma Gilson.
Na UMS Guamá estão em tratamento 26 pessoas. Além de todo acompanhamento dos profissionais de saúde das unidades, os pacientes recebem uma medicação que deve ser tomada diariamente durante 28 dias, sendo que uma dose por mês deve ser administrada na unidade. “Existe um número muito maior de casos aqui no Guamá que precisam procurar o atendimento da unidade para receber o tratamento”, alerta Cristian.
A cabeleireira Wandercleide Sousa também está em tratamento na unidade há 10 meses. “Fui a vários médicos que disseram ser alergia, mas eu fiz tratamento e continuei sentindo os mesmos sintomas. As manchas brancas foram ficando vermelhas e irritavam a minha pele, além de olhos inchados. Quando cheguei aqui em abril do ano passado estava muito mal, hoje posso dizer que melhorei mais de 50% do que eu sentia”, comemora a cabeleireira.
O tratamento na rede municipal pode durar de 6 a 12 meses, dependendo do tipo de hanseníase. A doença atinge principalmente pele e nervos e é transmitida por uma bactéria, pela respiração. Os sinais e sintomas podem ser manhas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com a perda da sensibilidade ao claro, dor e tato. Também podem ocorrer caroços no corpo, perda da força nas mãos, dor e sensação de choque nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés e áreas com diminuição de pelos e suor. Ao apresentar algum desses sintomas a pessoa pode procurar a unidade de saúde do seu bairro.
Texto: Jaqueline Ferreira
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								