De 25 a 29 de janeiro, a Prefeitura de Belém promove extensa programação durante a “Semana de Mobilização para o Controle da Hanseníase nas comunidades”, alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro. A data visa conscientizar a população e reafirmar o compromisso de luta contra a doença nos países endêmicos, alertando para o seu diagnóstico, tratamento e cura.
Belém, nos últimos anos, vem reduzindo gradativamente a ocorrência dos casos, com a realização de atividades durante o ano e com o tratamento implantado em todas as unidades de saúde. Atualmente, o município tem uma taxa de quase 90% de cura da doença e uma taxa de abandono de 5% do tratamento, próximo ao que preconiza o Ministério da Saúde, segundo levantamento realizado pela Referência Técnica de Tuberculose e Hanseníase (RTTBMH) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
Para a coordenadora da RTTBMH, Emanuele Chaves, a ampliação da consciência sobre a doença favorece a atuação dos serviços de saúde e a diminuição do preconceito contra os portadores da doença. “Embora as políticas públicas tenham avançado, a doença ainda ocorre, afetando as populações mais pobres e vulneráveis sócio-economicamente. Por isso, estamos realizando anualmente a campanha de diagnósticos em escolas, visando a detecção oportuna de casos novos, tratamento destes e avaliação das pessoas próximas ao seu convívio. Assim como ações contínuas junto à população em situação de rua e dentro das nossas unidade de saúde”, explica.
Dentro do serviço de saúde, os profissionais dão ênfase ao diagnóstico precoce da doença, tratamento e prevenção de incapacidades. “Esse trabalho contínuo tem sido decisivo para o tratamento eficiente, pois tem como resultado a quebra da cadeia de transmissão da doença nas comunidades, o que alcança, a longo prazo, a redução do número de casos”, garante Emanuele.
Durante a programação da “Semana de Mobilização para o Controle da Hanseníase nas comunidades”, serão realizadas ações educativas em sala de espera e nas consultas, intensificação da avaliação dos contatos dos usuários em tratamento e reforço de orientações acerca da doença, autocuidados para evitar sequelas, rodas de conversa sobre a temática, atividades em grupo na comunidade e nas escolas da área de cobertura e busca ativa de sintomáticos dermatológicos na comunidade.
A hanseníase é uma doença de baixa taxa de mortalidade, mesmo quando o diagnóstico é tardio. Ainda assim, alguns pacientes podem ter complicações e sofrer sequelas irreversíveis. Para a coordenadora é imprescindível o exame de todos os contatos dos pacientes em tratamento, sejam familiares ou outras pessoas que convivam mais intimamente com o doente. “Esse procedimento, contido nos protocolos do programa, tem o objetivo de detectar novos casos, considerando que a hanseníase é de transmissão respiratória e a convivência prolongada com o infectado pode levar ao adoecimento”, diz.
Serviço: “Semana de Mobilização para o Controle da Hanseníase nas comunidades”, de 25 a 29 de janeiro de 2016, nas Unidades Municipais de Saúde e Estratégias Saúde da Família.
Texto: Paula Barbosa
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								