Desde o início de janeiro a Prefeitura de Belém, por meio Centro de Controle de Zoonoses, realiza ações de prevenção e controle da leishmaniose visceral na Ilha de Cotijuba. Foram três visitas com intervenções diretas nos cães.
De acordo com o veterinário do CCZ, Eliomar Sousa, durante a primeira etapa foram examinados 295 cães para o diagnóstico e todos receberam coleira repelente, que funciona como medida de prevenção da transmissão da doença e vacinação preventiva. “Na segunda etapa nós reavaliamos todos os cães da primeira etapa onde os animais permaneceram com as coleiras repelente que ficarão nos cães por seis meses, quando for realizada a troca das mesmas por novas”, explicou o veterinário.
Já na terceira etapa, que ocorreu na última semana, foram realizados os reforços da vacina e, a partir de agora, a imunização ocorrerá anualmente. Ainda de acordo com Eliomar, os trabalhos continuarão periodicamente na ilha de Cotijuba em busca de reservatórios (cães infectados) que coloquem em risco a saúde da comunidade.
“O percentual de domínio da doença nos cães está atualmente em 40%, uma redução significativa se compararmos com os números de um ano atrás quando tínhamos quase 70% da população canina com a doença. Nós implantamos as medidas efetivamente preventivas como colocação de coleiras e vacinas para que esse percentual caia ainda mais”, frisou o veterinário.
Doença – A leishmaniose visceral é uma doença que acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose atinge essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Entre os sintomas estão febre irregular prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.
Texto: Kezia Carvalho