Profissionais contam como trabalho na pandemia mudou a vida deles

Os primeiros casos da covid-19 em Belém foram identificados em março de 2020. De lá para cá, as autoridades em saúde na capital embarcaram numa verdadeira corrida contra o tempo, para diminuir os impactos da doença, que ainda hoje segue sendo estudada pela classe científica no mundo inteiro.

Apesar da estabilidade na estatística de novos casos da doença na capital paraense, com o avanço da vacinação anticovid e as medidas adotadas para a prevenção e atendimento dos casos, o período segue sendo desafiador para toda a população, em especial para os profissionais da saúde, dentre eles os médicos, que comemoram seu dia nesta segunda-feira, 18 de outubro.

Desde o surgimento da pandemia, os médicos e demais profissionais da saúde vêm atuando na linha de frente do combate à covid-19. Nos períodos mais duros da pandemia, muitos deixaram seus lares e tiveram que se manter distantes do convívio familiar, se isolando junto com seus pacientes e se dedicando ao árduo trabalho de salvar vidas, o que reforçou ainda mais a importância da classe médica para toda a sociedade.

Contingenciamento da doença – Na rede de saúde de Belém, o impacto da doença neste ano, durante a segunda onda, levou à definição de um plano de contingenciamento da doença, com o estabelecimento de 16 estruturas de atendimento específicas para o tratamento da covid-19 na capital, com 11 clínicas de campanha e cinco tendas anexas às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Já o Pronto Socorro Humberto Pereira (PSM do Guamá) passou a ser hospital de retaguarda específico para covid-19, neste período.

Para a médica e diretora clínica do PSM do Guamá, Lorena Velasco, foi um período desafiador, mas de grande aprendizado para os profissionais de saúde. “Fomos expostos a desafios em meio a um cenário desconhecido mundialmente, tivemos que aumentar carga de trabalho, atuar nos hospitais, mas também estudar incessantemente e, ao mesmo tempo, muitos de nós adoecemos e nos vimos impotentes diante da perda de pacientes, colegas de trabalho, familiares e amigos", lembra a médica.

Desafios e superação – Lorena Velasco diz que, em meio a tantos desafios, também houve muita superação. "Hoje, no dia do Médico, gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade de exercer esta profissão e parabenizar cada colega, que se dedica com amor, respeito e humanização aos seus pacientes, além de representar com essas palavras os médicos que atuam na linha de frente do Pronto Socorro do Guamá", diz ela. "Eles foram incansáveis nos dias mais desafiadores e continuam proporcionando uma boa assistência aos pacientes”, destaca.

Desde o início dos atendimentos até o momento mais de 10 mil pacientes foram atendidos nas Clínicas de Campanha.

Para o médico Raylesso Silva, que trabalhou na Clínica de Campanha da Marambaia, durante a segunda onda da pandemia, o período foi de dificuldade e gratidão.

"É uma honra fazer parte da classe médica e de ter participado dessa experiência na clínica de campanha. Notar o olhar de agradecimento das pessoas, por estarem sendo acolhidos e recebendo atendimento, marcou minha vida”, relata.

Prefeitura segue com o enfrentamento – Apesar da desaceleração da pandemia registrada na capital paraense, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) com apoio dos profissionais da saúde, em especial da classe médica, segue no enfrentamento da pandemia, seja avançando na vacinação, reforçando os protocolos de segurança ou ainda no gerenciando de leitos específicos para o tratamento de pacientes acometidos pela covid-19.

Médicos e médicas da rede de saúde municipal seguem com esforço, dedicação e comprometimento neste plantão permanente em prol da vida.

Texto: Danielly Gomes

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