Em continuidade ao trabalho realizado diariamente nas salas de aula, a Prefeitura de Belém por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec) desenvolve projetos como o “Visitas de Leitura” que, nesta segunda-feira, 13, ofereceu a vinte alunos da Escola Municipal Gabriel Lage, localizada no bairro Tapanã, a oportunidade de conhecer os espaços de leitura e arte, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.
Desenvolvido na rede municipal desde 2015, o projeto Visitas de Leitura oferece aos alunos a possibilidade de vivenciar, na prática, conceitos que são apresentados em classe. Além disso, em apenas um ano foi possível beneficiar mais de mil estudantes com visitas orientadas a bibliotecas públicas de Belém, o que contribui para o incentivo à leitura e à escrita.
Um dos responsáveis pelo projeto, o técnico do Núcleo de Projetos e Programas da Semec, Paulo Demétrio, destacou os resultados positivos que o projeto vem trazendo ao dia a dia escolar e anunciou a ampliação do projeto para este ano.
“Existe uma equipe que faz o assessoramento desses estudantes tanto no dia da visita quanto após, e de acordo com os relatos apresentados por professores e coordenadores, com o projeto as crianças se veem estimuladas ao gosto pela leitura e passam a frequentar mais ainda as bibliotecas de suas próprias escolas. Devido este retorno positivo no processo de ensino- aprendizagem é que percebemos a necessidade de ampliar a ação, que agora atenderá 15 escolas a mais que o ano passado e atenderá mais 800 alunos somente neste segundo semestre”, explicou.
Aprimoramento
Enquanto visitavam a biblioteca Arthur Vianna, os alunos aproveitavam para tirar dúvidas e trocar vivências e conhecimentos adquiridos na escola. A aluna Letícia Leal, de 14 anos, que está prestes a concluir o ensino fundamental, disse se sentir privilegiada por conhecer a Fundação Tancredo Neves. “A felicidade está tomando conta de mim agora, pois graças a este projeto estou tendo a oportunidade de conhecer esses espaços maravilhosos, até mesmo a biblioteca que tem muitos livros interessantes como os da minha escola. Estar aqui é um privilégio e com certeza é uma visita que só me trará benefícios”, declarou.
Alunos como Letícia, que já estejam concluindo o ensino fundamental e que em breve irão prestar provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), têm prioridade para participar do projeto.
Ainda durante a visita, os alunos puderam conhecer o Cine Líbero Luxardo, a Fonoteca Satyro de Mello, a Galera Theodoro Braga, o Theatro Margarida Schivasappa, e a seção Braille, onde puderam ter acesso a obras em Braille, à máquina Braille e ao sistema Dosvox, uma tecnologia assistiva que através de áudio, descreve ao deficiente visual o conteúdo solicitado.
De acordo com a professora Márcia Marques, da Escola Municipal Gabriel Lage, é possível perceber muitos retornos positivos através de projetos como este. “Estamos felizes em poder participar de mais um projeto da Semec porque vemos o quanto eles se sentem empolgados, já que para muitos é algo inédito. Já percebemos que as atividades extraclasse despertam nos alunos o prazer pelo aprimoramento, eles passam a frequentar mais os espaços de leitura da escola, a emprestar livros e com isso é possível perceber um bom desenvolvimento na oralidade e na escrita. Não tenho dúvidas que este será mais um projeto que contribuirá no aprendizado de qualidade oferecido na escola através das aulas nas salas e na biblioteca”, afirmou.
Incentivo
Assim como todas as escolas municipais, a unidade de educação Gabriel Lage oferece aos seus alunos projetos de incentivo à leitura desenvolvidos dentro da biblioteca, em ações conjuntas que visam a interdisciplinaridade. O projeto Baú de Histórias, Parada da Leitura, Conversa Literária, Lendo e Relendo as Bibliotecas Escolares, Lendo em Família, Vivências de Leituras, Performance Literária, Contação de Histórias, são exemplos dessas iniciativas.
Além disso, é desenvolvido na rede o projeto Memória da Literatura Paraense que teve duração de três anos e ganhou continuidade em 2016 pelos resultados positivos que apresentou no desenvolvimento da oralidade, da escrita e do prazer literário dos alunos envolvidos.
Referência
A Prefeitura também vem investindo na preservação dos espaços de leitura com climatização e outros recursos que contribuem no aprendizado dos estudantes.
No Brasil, de acordo com dados do Censo Escolar 2013, compilados pelo portal QEdu, apenas 35% das escolas, sejam elas públicas ou particulares, possuem bibliotecas. A capital paraense aparece como uma exceção nacional no que diz respeito à existência do espaço, pois está prestes a atingir a meta prevista na Lei 12.224, que estabelece a existência de uma biblioteca em cada escola.
Todas as bibliotecas escolares municipais de Belém possuem um amplo e diversificado acervo bibliográfico composto por livros didáticos e literários, adquiridos com recursos próprios da Prefeitura, do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) e também de doações.
Texto: Natasha Albarado
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								