Projeto incentiva doação de órgãos no HPSM Mário Pinotti

Sensibilizar e incentivar a participação dos servidores no processo de conscientização para a doação de órgãos e tecidos para fins de transplantes é o objetivo da primeira edição do projeto de incentivo à doação de órgãos e tecidos, realizado esta semana pela Prefeitura de Belém através da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), no novo HPSM Mário Pinotti.

De acordo com a assistente social Vanessa Pimentel, membro da Cihdott, ainda existem muitos mitos que permeiam o imaginário da sociedade e que dificultam a doação. “Tem muitas pessoas que ainda não conhecem o trabalho da cihdott no hospital e além de não conhecerem também não entendem o processo de doação. Os mitos na sociedade juntamente com a desinformação são dois aspectos que dificultam o trabalho em doação de órgãos do hospital”, ressaltou, dizendo ainda que o objetivo é formar parceiros no processo, dentro do hospital.

Durante a semana a coordenação montou um ambiente com um totem que sinalizava a doação voluntária, além dos números da fila de espera no Pará. Esses dados são da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) que somam cerca de 533 pessoas esperando por doação de rim e 1044 de córnea.

Desde a reinauguração do HPSM o trabalho da Comissão já soma duas doações de córneas e quatro doações de múltiplos órgãos, contribuindo para o aumento dos índices do Estado.
Na troca do plantão da manhã desta sexta-feira,20, a técnica de enfermagem do Mário Pinotti, Luciene dos Santos, sensibilizada, fez questão de deixar o seu recado sobre a doação de órgãos. “As pessoas precisam ser esclarecidas sobre de que forma acontece a captação e doação. Eu já avisei à minha família que sou doadora, porque nós podemos dar qualidade de vida para outra pessoa quando não estivermos mais aqui. Espero sim, poder ajudar alguém aqui”, declarou a servidora.

Ainda segundo Vanessa, com a expansão do número de leitos para pacientes críticos no novo PSM, o índice de morte encefálica também cresceu. “Essas pessoas que lamentavelmente não conseguimos salvar, são potenciais doadores, e precisamos formar parceiros no hospital, para que nos ajudem nessa causa”, disse, ressaltando que é importante que o próprio servidor entenda tudo sobre a doação.

O titular da Sesma, Sérgio de Amorim Figueiredo destaca o trabalho da equipe interdisciplinar que compõe a Cihdott em Belém. “A missão dessa equipe é organizar e viabilizar o processo de doação de órgãos e tecidos através da identificação de potenciais doadores, do acolhimento às famílias e da realização da entrevista familiar, por isso estamos com essas ações para primeiramente sensibilizar o nosso servidor”.

Texto: Kezia Carvalho

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