Órgãos municipais e estaduais estiveram reunidos nesta terça-feira,29, para discutir detalhes sobre a implantação e concessão do selo de qualidade do açaí vendido em Belém.
No encontro foi definido o prazo de 60 dias, a contar do início da campanha, para que os batedores de açaí dêem entrada na licença de funcionamento junto ao Devisa e adequem os seus estabelecimentos conforme a legislação, o que inclui o branqueamento do fruto. Esta técnica usa temperatura de 80ºC para diminuição da carga microbiana, o que minimiza a contaminação pelo Trypanossoma cruzi, transmissor da doença de Chagas, coliformes fecais, salmonelas entre outros, e não muda a cor nem o sabor do açaí.
De acordo com Geraldo Tavares, da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), o selo é importante para sinalizar que o estabelecimento está exercendo boas práticas de higiene do açaí. “O prazo dado é para dar entrada na licença. Quem não procurar o Devisa nesses dois meses estará de fato na clandestinidade e será fechado”, explica.
Também serão entregues aos batedores material explicativo sobre a importância da licença sanitária e da técnica de branqueamento. Para o chefe do Devisa, Luiz Nascimento, o selo será uma identificação imediata para o consumidor, que saberá que o produto comprado está dentro dos padrões da vigilância sanitária, uma vez que o selo só será concedido aos estabelecimentos que tiverem dado a entrada na licença de funcionamento, participado do treinamento e atenderem ao Decreto Estadual 326/2012.
Uma próxima reunião foi agendada para o dia 05 de agosto para definição das estratégias e identidade visual da campanha.
Em levantamento feito pela Avabel, em Belém existem quase 7 mil pontos de vendas de açaí, dos quais apenas 2.700 estão cadastrados na entidade e apenas 800 estão associados. Esses números são maiores quando contabilizados os batedores sazonais, que trabalham com açaí somente na safra.
Participaram do encontro as secretarias de saúde (Sesma e Sespa), economia (Secon), meio ambiente (Semma), de agricultura (Sagri), Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa/Sesma), Coordenadoria de Comunicação (Comus), Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel) e Associação VAR do Brasil (Avab). A reunião foi realizada no prédio da Sagri.
< Texto: Paula Barbosa