Neste segundo domingo de outubro, 10, as ruas de Belém foram tomadas por demonstrações de fé à padroeira dos paraenses, na edição 229º do Círio de Nazaré, que teve como tema “O evangelho da família na casa de Maria”.
O dia começou logo cedo, às 7h, com a realização da missa do Círio, presidida pelo bispo auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, na Catedral Metropolitana de Belém. Posteriormente, a imagem peregrina de Nossa Senhora entrou em um helicóptero, para sobrevoar a cidade. Após isso, iniciou-se nas ruas de Belém uma verdadeira caminhada, em homenagem à padroeira dos paraenses.
Mesmo sem a grande procissão oficial do Círio, suspensa devido à pandemia de covid-19, milhares de devotos foram às ruas, fazendo o percurso da tradicional procissão, saindo da Catedral rumo à Basílica Santuário de Nazaré. As vias do centro de Belém foram tomadas por pessoas, pagando promessas ou simplesmente caminhando.
“É o segundo ano que venho pagar a minha promessa. Ano passado pedi a ajuda da santinha para passar no vestibular de medicina e ela me concedeu essa ajuda. Agora eu vim agradecer a ela”. Esse é o depoimento da universitária Arissa Vaz, peregrina que ajudou a compor o cenário de fé nas ruas da capital, neste domingo de Círio.
O casal Boaventura da Conceição e Maria Santana Batista também resolveu fazer o percurso do Círio. Eles carregavam a maquete de uma casa, agradecendo pela aquisição de sua moradia própria. “Eu fiz essa promessa para minha mãe e, enquanto eu tiver vida, eu vou fazer essa caminhada. Em 2004, eu consegui minha casa própria e desde então eu pago essa promessa”, explica cheio de emoção o operário da construção civil, Boaventura da Conceição.
Em um ano em que vivenciamos a esperança, com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a queda no número de casos da doença em Belém e no país, muitas pessoas agradeceram à Nossa Senhora de Nazaré, neste Círio. Esse foi o caso da autônoma Elvisnete Santos, que fez o percurso do Círio todo de joelhos para agradecer a cura da covid-19 de sua família. “A nossa família toda ficou doente, eu fiquei internada com uma filha recém nascida. Mas a gente nunca perdeu a fé e pediu muito para a Nazinha e ela não nos abandonou”, conta Elvisnete.
Texto: Fabricio Lopes
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								