Para despertar a curiosidade científica, o espírito investigativo e o protagonismo infantil de forma lúdica e divertida, a Secretaria Municipal de Educação recebeu, nesta sexta-feira, 12, a doação de material pedagógico produzido pela empresa Evoluir – educação transformadora, que desenvolve essa prática, por meio do projeto Nau dos Mestres.
Na rede municipal de ensino de Belém serão beneficiadas cinco escolas, entre elas a EMEF Josino Viana, EMEIF João Carlos Batista, EMEIF Ciro Pimenta, EMEF Olga Benário e a EMEIF Lauro Chaves.
“Ser uma escola revolucionária é ter projetos que o conteúdo da escola faça sentido. Os pequeninhos já me disseram que querem ser piloto de avião, médico, os sonhos deles são altíssimos. Devemos trabalhar a interdisciplinaridade e desenvolver física, química, biologia, a partir da realidade concreta, que é freireana. Os nossos alunos têm direito de ter conhecimento historicamente acumulados pela humanidade. É um apoio pedagógico para os educadores”, explicou a secretária de Educação, Márcia Bittencourt.
Ensino da Ciência com criatividade
A Nau dos Mestres é um programa que ensina ciências de forma diferente e criativa. O laboratório é composto por quatro caixas: Merlim, Leonardo da Vinci, Apolo e Gaia.
A caixa do mestre Merlim aborda temas relacionados à química e física. Já Leonardo da Vinci traz experiências ligadas à geometria, aerodinâmica e movimentos.
O mestre Apolo trabalha temas relacionados à energia e à luz. Enquanto Gaia tem sua temática ligada aos ciclos e elementos da vida, preservação da natureza e biologia.
Além das caixas, quatro livros – um para cada mestre -, completam o acervo e apresentam os experimentos na forma de desafios. A cada história surge um novo desafio que os alunos devem cumprir e, assim, aprender de forma prática e lúdica conceitos de física, química e biologia.
Formação com autonomia
O programa inclui a capacitação de professores e o acompanhamento da evolução dos alunos. A professora do Centro de Formação de Educadores Paulo Freire, Izabel dos Santos, que assessora as escolas da rede municipal, relata o quanto este projeto é importante.
“Essa experiência instiga o aluno a pensar sobre o problema e não darmos respostas. Ele vai experienciar em diversas linguagens e o brincar deve estar inserido nesta prática, permitindo a autonomia pra falar suas impressões e dúvida”.
As educadoras que já receberam a formação e vão desenvolver as atividades na escola também estão motivadas e encantadas com o material didático.
“É uma oportunidade de utilizar materiais acessíveis às crianças, como o que temos em casa, que não são caros, criando vivências pra elas, como por exemplo ‘como construir um vulcão com coisas que tenho na minha cozinha?’. Isso vai criando na criança essa vontade de empreender. Não precisa chegar no 8º ou 9º ano para estudar química, física. Quando você pode oferecer desde da infância esta vivência”, afirma a professora Reseane Monteiro, da EMEF Olga Benário, localizada em Águas Lindas.
Na EMEIF Ciro Pimenta, no conjunto Eduardo Angelin, a professora Maria da Conceição Nascimento relata que a unidade já vem desenvolvendo atividades interdisciplinares.
“Quando falamos para os alunos que iriamos fazer experimentos, eles ficaram encantados. Para nós, a formação foi muito rica para ajudarmos a incentivar e estimular as crianças, ter por exemplo um aluno que diz pra gente que vai ser cientista da Nasa”, ressaltou a professora.
Texto: Tábita Oliveira