Para eliminar pontos críticos de descarte de resíduos sólidos em Belém, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) vem realizando orientações sobre descarte de lixo e entulho em diversos bairros. Nesta sexta-feira, 26, o diálogo foi entre moradores da Comunidade Nova Aliança, no bairro da Sacramenta, e equipes do Grupo de Trabalho e Educação Ambiental (GTEA), Departamento de Resíduos Sólidos (DRES) e Núcleo de Atendimento à Comunidade (NAC). O objetivo foi ouvir a população e informar os moradores quanto a um despejo irregular próximo à Casa Dia, localizada na avenida Pedro Álvares Cabral.
De acordo com a Sesam, por falta de assistência e descaso das gestões anteriores, um ponto crítico se formou na área e os resíduos foram se acumulando, gerando transtornos aos próprios moradores, além de incômodo aos funcionários e pacientes da unidade de saúde especializada no atendimento de pacientes com HIV/Aids. De acordo com o coordenador do GTEA, Mauro Ribeiro, as lideranças comunitárias foram orientadas sobre os dias e horários de coleta e a forma correta de despejo do lixo domiciliar e do entulho.
“A gente orienta e pede colaboração da comunidade, dos comerciantes e dos feirantes que moram na região, que tem cerca de 2 mil pessoas. O que tem acontecido é que as pessoas fazem o descarte em qualquer horário e o volume de lixo se acumula”, explica o coordenador, enfatizando que a ação de diálogo precisa ser constante. “Não é um trabalho que você vai uma vez e acaba, nós estamos estreitando esse relacionamento com as lideranças. A comunidade se mostrou aberta a colaborar”, complementa. A retirada do lixo no ponto crítico foi realizada pela equipe do DRES.
Arte e educação ambiental – O marceneiro e ativista ambiental Manoel Fonseca é uma das lideranças e está em contato com a Sesan para a implementação de projetos de educação ambiental no bairro da Sacramenta. Ele integra o Núcleo Sociocultural e Ambiental São Joaquim e, ao lado de outros membros, já realiza ações de arte educação junto aos moradores do entorno do Canal São Joaquim com artes circenses, como malabares, e com músicas com letras educativas em ritmo de carimbó e hip hop.
“Antes não existia diálogo, não havia interesse em resolver os problemas. Agora, vemos grande possibilidade de termos nossos problemas resolvidos, que bom que as coisas estão andando”, celebra o ativista. A ideia, a partir de agora, é implementar junto aos coordenadores da Sesan um comitê para debater problemas e fiscalizar as obras próximas ao canal. “Existem áreas que o carro coletor não entra, então é fundamental esse trabalho de porta a porta e junto às crianças também”, completa Manoel Fonseca.
Texto: Dominik Giusti
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								