Ainda como parte da programação do Dia Internacional da Mulher e como resposta ao crescimento do índice de Aids entre as mulheres e da mortalidade em decorrência dessa doença, a Secretaria Municipal de Saúde realizou nesta quarta-feira,18, a oficina “Acesso, aceitabilidade e percepção do Preservativo Feminino”, em parceria com o Ministério da Saúde.
Mais de 30 servidores da atenção básica do município de Belém, que atuam com o público feminino participaram da capacitação. O evento foi realizado no auditório da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop). Hoje o encontro recebe as entidades da sociedade civil organizada.
De acordo com Roberto Paes, coordenador da Referência Técnica de DST/Aids e Hepatites Virais da Sesma, a oficina é uma forma de sensibilizar as usuárias para a necessidade do uso do preservativo feminino como mais uma estratégia de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada. “Em 2014, a patologia que mais matou mulheresno Pará, foi a Aids.Por conta disso a Sesma resolveu, em parceria com o Ministério da Saúde, realizar essa oficina, para possibilitar o entendimento do preservativo feminino como instrumento de prevenção para as mulheres e para o enfrentamento da epidemia de Aids neste público”, explicou o coordenador.
Na oficina, os servidores da Sesma, sobretudo das Unidades Básicas e das Estratégias Saúde da Família tiveram contato com os dados epidemiológicos de DST e Aids no Brasil, no Pará e no município, discutiram a percepção do uso e do não uso do preservativo feminino, suas motivações e dificuldades e debateram as relações de gênero e sexualidade e prevenção e prazer. Também foram mostradas as formas de uso do preservativo feminino.
Para a enfermeira Jaddy Martins, das Unidades Municipais de Saúde do Tapanã e da Pratinha, a oficina foi muito produtiva e a fez pensar nas atividades que podem ser realizadas para promover o acesso fácil ao preservativo. “No Tapanã, trabalho com o exame do preventivo e lá mesmo realizamos as orientações e entregamos os preservativos para as mulheres. Já na Pratinha o trabalho é voltado para educação e saúde e nós realizamos palestras uma vez por mês. Agora com as idéias adquiridas aqui, vou propor a realização mais frequente desses encontros e formas de disponibilizar mais fácil e rápido o preservativo. Nós precisamos incentivar esse uso”, disse a enfermeira.
A Sesma tem ações que possibilitam o reconhecimento da importância e da garantia de promoção à saúde da mulher. Na rede municipal, a Secretaria disponibiliza o teste rápido de HIV, sífilis e hepatite B e C. “Também descentralizamos da Casa Dia o atendimento de mulheres vítimas de violência sexual para os Hospitais de Pronto-Socorros Municipais, para a Unidade de Pronto Atendimento de Icoaraci e para o Hospital Geral de Mosqueiro. Estamos finalizando esses processos, para que nesses locais funcione a profilaxia pós-exposição contra o HIV, DST’s e hepatites para essas mulheres”, comentou Roberto Paes.
Para a oficina desta quinta-feira, a Sesma convidou a Federação de Mulheres do Estado do Pará, Sindicato dos Trabalhadores Domésticos, Movimento de Promoção à Mulher, Grupo de Mulheres Prostitutas da Área Central de Belém, Movimento LGBT, entre outros movimentos. “Dentro do novo entendimento que a epidemia de Aids apresenta, estes grupos estarão com a gente para fazer conjuntamente com a gestão municipal o enfrentamento a essa epidemia junto aos grupos de mulheres”, explicou Paes.
< Texto: Paula Barbosa
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								