Sesma incentiva população a combater a dengue

Em janeiro de 2015, Belém confirmou 51 casos de dengue, conforme o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Estes números são 168,4% maiores do que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 19 casos. Visando engajar a população no combate à dengue e chikungunya e reduzir estes números de incidência, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), realizou mais uma ação do “Dia D de Combate à Dengue e Chikungunya”, neste sábado,28, na Praça da Bíblia, em Icoaraci.

Mais de 500 pessoas participaram da ação, que tem como mote “Dengue e Chikungunya – O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também” e é recomendada pelo Ministério da Saúde. Na ocasião, foram intensificadas as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e realizadas abordagens educativas para conscientização da população acerca dos métodos de prevenção.

Também foram prestados serviços e orientações educativas sobre os agravos e doenças de maior ocorrência neste período sazonal, tais como dengue, leptospirose, esquistossomose, malária, hepatite A e outras, além de imunização de pessoas e animais (cães e gatos), verificação de pressão arterial e glicemia, acidentes por animais peçonhentos, prevenção de acidentes de trânsito, além de apresentação de teatro de fantoches e corporal, músicas e muitas atividades educativas.

A mobilização contou com representantes comunitários da Maracacuera, Tenoné, Campina, Ponta Grossa, Agulha e Paracuri; com os colaboradores Agência Distrital de Icoaraci, Unidade Municipal de Saúde de Icoaraci, Funpapa (Cras), Centro POP, Sest/Senai e Hemopa; e com as escolas Liceu de Artes, Ogilvanise, Alfredo Chaves, Madalena Hadad, Madre Celeste e Coronel Sarmento.

Durante a realização do “Dia D”, alunos das escolas participantes apresentaram danças folclóricas e as crianças assistiram apresentações de teatro e visualização dos vetores transmissores de doenças, como o caracol glabatra (esquistossomose) e o Aedes aegypti (dengue e chikungunya).

De acordo com Orliuda Bezerra, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde/Sesma, no distrito de Icoaraci, o bairro do Tenoné é o que apresenta maior incidência de casos de dengue. Na área, a Sesma está intervindo com as ações de pesquisa larvária, que é a eliminação e contenção de criadouros e focos, e aplicação de inseticida através do controle químico, que consiste na eliminação das formas adultas do mosquito.

“Neste bairro, os agentes de controle de endemias têm encontrado muitos criadouros do tipo vasos, frascos com água, recipiente de degelo (atrás da geladeira), bebedouros, fontes ornamentais e aquários sem peixes larvófagos (que se alimentam de larvas), lixo, vasilhas plásticas e/ou descartáveis, garrafas e latas, sucatas e ferro velho. A inspeção rotineira dos domicílios se faz importante para identificar novos possíveis criadouros e reforçar as medidas preventivas no combate ao mosquito Aedes aegypti”, destaca Orliuda.

De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti – LIRAa, realizado em janeiro de 2015, Belém continua com índice de 2,3% de Índice de Infestação Predial, o que significa estado de alerta para a dengue. “Mesmo com esse indicador, o município conseguiu reduzir em 20% as ocorrências da doença no último ano. A Secretaria está alerta e atenta para todas as situações de dengue e, mais recentemente, o vírus chikungunya e pede o apoio da população, pois, nossos agentes estão nas ruas vistoriando as residências e orientando os moradores para tentar reduzir a proliferação da doença”, frisa a diretora.

Em casos de febre alta de início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda de apetite, náuseas e vômitos, é muito importante buscar imediatamente ajuda médica. “Não se deve ingerir analgésicos e antitérmicos, em especial o ácido acetilsalicílico (AAS) e seus derivados sem a orientação do profissional de saúde”, destaca Orliuda Bezerra.

Para orientações, em caso de presença em abundância de mosquitos ou casos suspeitos de dengue e chikungunya, a população deve ligar para o Disque Endemias, no telefone 3344-2466. Durante o contato com o atendente, o denunciante deve informar o endereço, com o perímetro correto, a fim de que uma equipe de controle de endemias seja encaminhada até o local.

Texto: Paula Barbosa

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