A partir desta segunda, 1º de setembro, começa a segunda etapa da vacinação para meninas que iniciaram o esquema vacinal em março deste ano. A vacina estará disponível em toda a rede municipal de saúde e em escolas públicas e privadas.
Patrícia Pereira, que tem uma barraca de venda de bombons regionais na Praça da República, aproveitou o domingo, 31, para vacinar a filha Célia Sueli, de 11 anos contra o HPV. “Sempre cuidei direitinho das vacinas da minha filha. Acho muito importante esse controle. Ela tem medo da furada, mas vai tomar a primeira dose para prevenir futuramente problemas muito maiores”, diz Patrícia enquanto a filha era vacinada pelo profissional de saúde.
A vacina quadrivalente Papiloma Vírus humano (HPV) imuniza contra os tipos 6,11,16 e 18, relacionados ao câncer de colo de útero. Está sendo oferecida gratuitamente desde março de 2014, no Sistema Único de Saúde/SUS quando foi oferecida a 1ª dose da vacina para adolescentes do sexo feminino de 11 a 13 anos. “O objetivo da vacinação contra o HPV no Brasil é prevenir o câncer do colo do útero, refletindo na redução da incidência e na morbimortalidade por esta enfermidade. A vacina do HPV já está disponível como rotina de vacinação nas unidades básicas de saúde”, explica Orliuda Bezerra, diretora do Devs/Sesma.
Meninas que atingiram a faixa etária indicada (11 a 13 anos) devem iniciar o esquema vacinal, que foi preconizado pelo Ministério da Saúde em três doses: 1ª dose, 2ª dose em seis meses depois e 3ª dose após cinco anos da 1ª dose (0, 6, 60 meses). A via de aplicação da vacina é intramuscular.
“Esse público foi escolhido porque a vacina é altamente eficaz nas meninas dessa faixa etária não expostas aos tipos de HPV 6,11,16 e 18, induzindo a produção de anticorpos em quantidade dez vezes maior do que a encontrada em infecção naturalmente adquirida num prazo de dois anos. A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus”, ressalta a diretora.
A meta da Sesma é vacinar 100% do grupo alvo, o que representa 36.189 mil de meninas em Belém. Pais, responsáveis, professores, educadores, profissionais de saúde e os próprios adolescentes serão envolvidos em atividades de sensibilização e capacitação, esclarecendo os objetivos da vacinação e a sua relevância como medida de saúde pública para a redução da morbimortalidade do câncer uterino.
Texto: Paula Barbosa