Depois de um dia inteiro de diversas atividades culturais por toda a cidade, a noite deste sábado, 13, foi marcada por esperados shows musicais dentro da programação da Virada Cultural de Belém, evento que ocorre pela primeira vez na capital paraense e que conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Belém (PMB).
Na Estação das Docas e na Praça da Bandeira – onde foram montados os palcos para as apresentações – o movimento do público começou cedo. Às 19 horas, pontualmente, as atrações começaram a se exibir.
O guitarrista Delcley Machado, por exemplo, foi um dos artistas que subiram ao palco armado no anfiteatro do Forte de São Pedro Nolasco, da Estação das Docas. Para se apresentar ao seu lado, ele convidou músicos e amigos, como o contrabaixista Adelbert Carneiro e as cantoras Andréia Pinheiro, Joelma Kláudia, Alba Maria e Renata Del Pinho.
“Certamente, não tem um artista de Belém que não esteja feliz com esse evento, essa festa. Nunca houve um evento como esse na cidade, que reunisse tantas linguagens artísticas em tantos espaços diferentes. É um prazer poder fazer parte dessa alegria, onde o nosso principal compromisso é com a gente mesmo, com a nossa própria música”, destacou o guitarrista.
Para o coordenador geral da Virada, Pedro Vianna, o evento, que prossegue até a tarde deste domingo, 14, já pode ser considerado um sucesso. “Havia uma grande expectativa para que Belém recebesse a Virada. Para nós, até agora, a avaliação é a mais positiva possível. Tivemos, por exemplo, mais de 800 inscrições para retirarmos as 100 atividades que se espalharam por 20 pontos da cidade. Workshops, oficinas, tudo contou com um público expressivo, que estamos estimando, por baixo, em cerca de 50 mil pessoas em toda a programação”, pontuou.
Na Praça da Bandeira, onde os ritmos dos shows da noite variaram do rock’n’roll a guitarrada, passando pelo hip-hop e rap, a animação também era grande. O estudante Marcelo Coelho, de 23 anos, chegou cedo, para assistir ao show do grupo de rock Delinquentes. “Delinquentes representa a história do rock do Pará, por isso, não tem como não ser fã”, disse ele, acompanhado por um grupo de amigos.
O MC Bruno BO, um dos artistas convidados pelos Delinquentes para participar da apresentação, também mal continha a emoção. Ele, que começou sua história musical pelo rock, passando depois para o hip-hop, se disse um grande fã da banda, considerada como uma das mais antigas ainda em atividade no Estado. “Ritmos como os nossos, o rock e o hip-hop, normalmente não são tão vendáveis, daí a dificuldade em conseguirmos espaços como esses, que nos deixam mais perto do público. Aí também reside a importância da Virada. Qualquer cidade que pretenda ter uma cena cultural forte precisa de eventos como esse”, enfatizou.
Realizada pela Senda Produções, a Virada Cultural Belém tem patrocínio do Banpará, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e apoio da Prefeitura de Belém através do Pacto Belém pela Vida, TV Liberal, Instituto de Artes do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e Governo do Pará.
São parceiros do projeto: AmpliCriativa, Discosaoleo, Estácio FAP, Ná Figueredo, Museu de Artes de Belém (Mabe), Sistema Integrado de Museus (SIM), GGOTUR/UFPA, Casa Atelier Sopro, Espaço Oficina Assim, Slack Day Belém, Black Soul Samba, Cultura Rede de Comunicação, Estúdio Lado B, Espaço Cultural Valmir Bispo dos Santos e Gotazkaen.
Texto: Elck Oliveira