“Sou jornalista 24h do dia, ainda ando com minha caneta e com meu bloquinho de notas na bolsa”, confessa a jornalista Arcângela Sena, que atua há 29 anos na profissão que escolheu, sendo a única da família na área.
Atuando, também, como professora do curso de jornalismo, Arcângela revela que não deixou de lado a essência do jornalista, que é apurar e pesquisar o fato e passa estes conhecimentos para seus alunos. “Procuro preparar este estudante para a profissão, ensinando a apuração, a pesquisa do fato e preparando esse futuro profissional a ficar atento ao mercado”.
Nesta quarta-feira, 7 de abril, é celebrado o Dia Nacional do Jornalista, data criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). De acordo com Arcângela Sena, a escolha pela profissão ainda chama atenção dos jovens, principalmente neste período onde a informação é, cada vez mais, importante no dia a dia.
“A procura para fazer o curso continua, são pessoas que têm um olhar diferente para a informação e gostam”, comentou.
Apaixonada pelo curso de jornalismo desde os 11 anos de idade, a universitária Isabelly Risuenho, 21, estuda na Universidade Federal do Pará (UFPA) e cursa o quarto semestre de jornalismo. “Quando eu era criança, participei do programa Ciência Legal da radio web da UFPA. Eu era a repórter mirim e desde esse tempo veio minha paixão pela profissão”.
Atualmente Isabelly divide seu tempo entre o estágio na rádio Cultura e as aulas da universidade. “Amo o meu curso, tenho professoras maravilhosas que conseguem passar a teoria do curso de forma prática e, por causa do curso, me encontrei e me apaixonei por rádio”, contou.
Restando dois anos para concluir a formação, a universitária espera uma maior valorização do profissional no mercado. “Espero que nossa profissão seja mais valorizada e que seja, cada vez mais, mais voltado para causas sociais, e espero ver o rádio ganhando espaço novamente”, comentou.
Luta– A profissão de jornalista, no Brasil como um todo, ainda luta por diversos direitos, principalmente nas questões trabalhistas. No Pará, o Sinjor atua na defesa da categoria e disponibiliza meios para orientar e apoiar o profissional.
Com nova direção há três meses, o Sinjor vem trabalhando no fortalecimento e restruturação do sindicato, explica o presidente, Vito Gemaque, eleito para o triênio 2020/2021/2022. “Estamos em um processo de restruturação do sindicato para organizar a categoria e defender os trabalhadores. O jornalista precisa entender o seu papel social e a ética da profissão, pois isso nos diferencia”.
Entre os novos projetos do Sinjor está a criação de comissões para descentralizar e organizar as iniciativas da categoria. Atualmente foram criadas três comissões, a da comunicação interna, da Covid-19 e a das mulheres. Uma das comissões mais ativa é a das mulheres, que discute diversos temas, como assédio, remuneração, pautas femininas, e conta com a participação de 40 jornalistas mulheres.
“As comissões são espaços para tratar de temas específicos e ajudar em diversos processos, O intuito é ampliar estes projetos e criar mais comissões”, concluiu Gemaque.
Serviço– O Sinjor realiza nesta quarta-feira, 7, às 20h, por meio do canal https://www.youtube.com/c/SinjorPará, uma live, em celebração ao dia do jornalista, para debater os desafios do "Jornalismo na Linha de Frente da Pandemia", além de avaliar o tamanho do impacto da crise sanitária e hospitalar.
Texto: Victor Miranda
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								