Campanha de vacinação antirrábica de cães e gatos lota postos de atendimento

A adesão da população às campanhas de vacinação antirrábica tem mantido o município de Belém livre da raiva em humanos e em cães e gatos desde 2003. Cerca de 150 mil cães e 47 mil gatos devem ser vacinados durante todo o sábado, 12, em 350 postos espalhados pela capital paraense, incluindo as ilhas, durante a campanha promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

A abertura da campanha foi realizada na praça Batista Campos, e quem não perdeu tempo e foi logo cedo garantir a imunização para o Jon, felino de apenas 4 meses, foi a estudante Ana Beatriz Ferrito, 16, que sabe da importância de manter a saúde do xodó da família em dia. “Encontrei o Jon na rua e essa é a primeira vez que ele toma a antirrábica. Vim com meu pai, para a gente assegurar que ele estaria protegido após a vacina”, disse a estudante, lembrando do afeto que sempre sentiu por gatos e cães. “Sempre tivemos bichinho de estimação em casa, mas atualmente ele é o nosso único, e não podemos descuidar”.

De acordo com o veterinário do CCZ Roberto Brito, embora a raiva esteja controlada nessas espécies, a vacinação anual não pode ser dispensada, já que, além de ser obrigatória por lei, é o fator de maior relevância para garantir a manutenção de controle da raiva nas populações de cães e gatos e, por consequência, para a população humana. “A imunização tem validade de até um ano, por isso é importante que mesmo quem vacinou em 2015, vacine agora em 2016 para reativar a memória imunológica do animal”, ressaltou o veterinário.

Lisbela, de 11 anos, e Hiara, de 10, foram também levadas para vacinar pela dona, a médica Vera Vilhena, que sabe que, ao mesmo tempo que está garantindo a proteção para as duas cadelas, também está protegendo a família. “Elas sempre tiveram todas as carteirinhas de vacinação regularizadas e a saúde sempre em dia porque sabemos da importância da imunização”, frisou Vera.

Ainda segundo o veterinário, a vacina não tem contraindicações, mas é preciso que os donos dos animais estejam atentos para o caso algum tipo de reação. “Não orientamos aos donos a darem banhos ou fazerem longas caminhadas com os cães e gatos após a vacinação”, explicou, lembrando ainda dos sintomas da raiva animal e humana. “Nos animais eles geralmente sentem dificuldades para engolir, têm salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras. Já os humanos aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura”, afirmou Roberto Brito.

De acordo com o diretor do CCZ, Altevir Lopes, quem não conseguiu vacinar hoje, deve levar seu bichinho no CCZ em qualquer dia da semana no horário de 8h às 17h. “A vacinação no CCZ é contínua, e quem não pode vacinar hoje deve levar um outro dia no Centro para garantir a imunização do cão ou gato. O CCZ fica na Augusto Montenegro, no km 11”.

Texto: Kezia Carvalho

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