A simulação de um acidente com 45 vítimas, envolvendo um ônibus e outro veículo chamou a atenção na manhã deste sábado,13, no Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gemaf). A ação foi realizada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência(Samu 192) .
A proposta é preparar as equipes do Samu 192 de Belém, Ananindeua, Barcarena, Curuçá, Inhangapi e Castanhal, do Hospital Porto Dias, Corpo de Bombeiros, Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), Setransbel e voluntários da Força Estadual de Saúde do Pará para grandes acidentes.
De acordo com o coordenador do Samu de Belém, Guataçara Gabriel, essa reciclagem é também um treinamento de organização de catástrofe. “Nós não estávamos preparados para um grande acidente, então esse tipo de treinamento que se chama Sistema de Comando de Incidente (SCI) serve para, no caso de grandes acidentes como a queda de um prédio ou colisão com mais de 30 vitimas, a nossa equipe já tenha o sistema operacional organizado para que o atendimento seja mais rápido e qualificado”, declara o coordenador.
Durante a simulação, após os órgãos responsáveis serem acionados, a equipe separava as vítimas por classificação de risco em uma triagem. “Essas pessoas são atendidas e transportadas para os hospitais de referencia”, explica Guataçara Gabriel, lembrando ainda que o curso atualiza os técnicos da urgência e emergência e prepara a rede de saúde para a possibilidade de grandes ocorrências.
Foram observados o tratamento e o transporte das vítimas até o hospital mais próximo ou de retaguarda; o entendimento entre as equipes de atendimento, de transporte e de regulação; triagem das vítimas por grau de gravidade; necessidade de material técnico, entre outros aspectos.
Para a enfermeira do Samu, Elielma Amorim Coelho, que trabalha há dez anos no serviço de atendimento móvel, a reciclagem que incluiu parte teórica e prática é fundamental para a capacitação. “A gente precisa capacitar o nosso profissional também para atender a maior quantidade de vítimas com o número reduzido de viaturas e material. Na verdade, a nossa preocupação maior é que o Samu e todas as instituições envolvidas nunca vão saber o dia certo que uma ocorrência desse nível pode acontecer, e diante de um incidente com várias vítimas, cada instituição tem o seu papel”,avalia.
Para o titular da Secretaria Municipal de Saúde, Sérgio de Amorim Figueiredo, a iniciativa do Samu e dos demais órgãos é elogiável. “Nós nunca vamos saber o dia que algum acidente nesse nível pode acontecer, então, é importante que todos os órgãos responsáveis estejam capacitados e orientados para garantir o atendimento adequado e a retaguarda para as vítimas”, finalizou.
Texto: Kezia Carvalho
